quinta-feira, 31 de março de 2011

Série - Os melhores albúns lançados em 1967 - The Doors

Talvez não tenha existido ano mais importante para a história do rock do que 1967. Muita coisa estava acontecendo na época. Nos shows, as bandas não se sentiam mais obrigadas a tocar músicas exatamente como nos discos. Os solos ficaram mais longos e o público respondia com entusiasmo as viagens músicais dos instrumentistas. Foi também um ano crucial para as gravações. A maioria dos estúdios realizou a transição de quatro para oito canais, o que significou muito mais possibilidades de experimentações sonoras. Houve ainda a mudança de mono para estéreo e , assim, os mixers de estúdio se tornoram mais sofisticados, ganhando potênciômetros de pan em canais individuais, mixagem em estéreo e equalização mais refinada - recursos para aproveitar melhor o som espacial.

Em 1967 aconteceu, também, um evento que teve grande impacto em guitarristas: o Monterey International Pop Festival, de 16 a 18 de junho, que contou com uma grande variedade de músicos americanos e britânicos. foi onde Jimi Hendrix deixou sua marca nos Estados Unidos. Entre os artistas estavam Mike Bloomfield, roger McGuin, David Crosby, Paul Simon, Jerry Garcia, Steve Cropper e Elvin Bishop - muitos deles viram Hendrix tocar pela primeira vez.
Em comemoração aos seus 40 anos de existência, a GUITAR PLAYER americana selecionou discos de 1967 que marcaram a história da música para sempre. Complementamos a lusta com albúns brasileiros também lançados em 1967. Você verá que nenhum outro ano foi tão fértil em criatividade. Talvez você não concorde com todas as escolhas, mas é um ótimo material de referência a todos que desejam se aprofundar neste mágico instrumento chamado guitarra.

Janeiro de 1967:





O albúm de estréia dos Doors atingiu as culturas hippie e pop por meio de um belo e misterioso cantor, um som original e canções sedutoras. Mas além dos susurros doces de Jim Morrison do órgão de Ray Manzarek, um enorme componente da paisagem psicodélica dos Doors era o eclético gosto musical do guitarrista Robby Krieger, que tocava com tecnica de dedilhado e havia estudado flamenco. Suas partes eram geralmente impregnadas de influências orientais, lamentos de blues e sons hipnóticos. Embora fusões musicais fossem grande parte do som de 1967, poucas bandas as levaram às rádios pop com a intensidade e o sucesso de Doors.
BACK DOOR MAN é, em minha humilde opinião, a música que mais "estampa" a cara dessa lendária banda. O órgão pegajoso entra em sua mente igual cheiro de comida boa entra na mente do Pica-Pau, os gritos de Morrison são totalmente loucos, e mostram quem realmente era esse vocalista "cabuloso", e os solos de Robby misturam psicodelia, blues e emoção.

(link download)
downloadsrapidao.com/2010/02/doors-discografia.html

segunda-feira, 28 de março de 2011

Teste - Tagima K1

Sabado passado, fui até uma loja de instrumentos musicais afim de comprar um joguinho de cordas para a minha guita. Como meu brother cabeção me disse estar afim de adquirir uma guitarra nova, aproveitei pra dar uma sapiada em alguns modelos que estavam em exposição na loja. Vi varios modelos bem legais, de Washburn a Epiphone, porém o que me chamou a atenção na ocasião foi uma Tagima K-1, guitarra qual bati o olho assim que entrei na loja. Sempre achei a K-1 uma guitarra muito atraente, mais nunca havia dado a atenção merecida a essa signature do Kiko Loureiro. Ao compartilhar e praticamenta apresentá-la ao cabeça, ele se apaixonou na hora, primeiro por ser uma guitarra muito versátil e segundo por ser portadora de uma belesa exótica e quase exclusiva.


Digo quase porque seu criador, o renomado e muito competente luthier Seizi Tagima, diz ter se inspirado em um modelo da marca Rand, que na havia visto e achado muito bonito. Esse modelo que inspirou Seizi possuía 24 trastes, e ele resolveu 3 a mais na guitarra que estava construindo, mais manter o mesmo visual. Vários guitarristas se interessaram pela guitarra, entre eles Kiko Loureiro, que encomendou uma. Na época, ainda não tinha o nome de K-1, mais já apresentava a mesma configuração que possui hoje, inclusive com captadores Seymmor Duncan Parallel Axis na ponte e Hot Rails no braço.Pequenas modificações foram realizadas depois de algum tempo. A ponte, que na época era Floyd Rose original, manteve-se Floyd Rose, mas da marca Gotoh. O headstock também foi redensenhado até chegar ao formato atual, com a disposição 2x4. As madeiras usadas também são quase as mesmas após 20 anos, exceto os casos em que os clientes pediam algo diferente. A braço é de marfim, escala de jacarandá e corpo de cedro.
TAgima diz que algumas caracteristicas que ele inseriu nesse intrumento garantem seu sucesso por tanto tempo. A leve inclinação do pickup do braço melhora a captação das frequencias graves das codas mais grossas.
Hoje, esse modelo é associado a Kiko Loureiro e possui um detalhe curioso. Se você reparar bem, é possivel enchergar a letra K no corpo.


Não aguentei cabeça!!! Testei a guitarra, rsrs...
Até afinada a guitarra estava quando pluguei ela no amp, muito bem regulada (ação não tão baixa), e cordas com pouco tempo de uso. O timbre do Hot Rails do braço, com um leve drive do cubo me fez se apaixonar, graves acentuados e distintos, com um sustein de cair o queixo. Os trastes são do tipo Jumbo, e o braço em "C" é um pouco mais fino do que o convencional, ideal para os metaleiros de plantão. O sistema Gotoh (tarraxas e ponte) dispensa comentários, você pode abusar a vontade da Floyd que a afinação se mantem fiel. O cap. da ponte me fez querer testá-la em meu set de pedais, pois com uma pequena dose distorção fica fácil sentir seu "poder", o som cortante faz com que os hamônicos fluam com facilidade. Com ela você sai de uma base suave para um solo agressivo com extrema naturalidade. Possui controle de volume e tonalidade, com push-pull e um visual muito agradável! Vale a pena hein cabeça!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dicas para uma boa limpeza em sua 6 cordas.

Quando se começa a tocar guitarra, naquela gana de aprender mais e mais, geralmente surgem muitas e muitas dúvidas: como executar aquele arpejo, como ganhar mais velocidade, como fazer um tapping ao estilo Van Halen e assim vai. Mas tem uma dúvida legal para aqueles que são mais, digamos, "caprichosos" que é a seguinte: O que usar para dar aquele trato em nossa preciosa guita? Para alguns, pode até parecer frescura, mais faz parte do cuidado que devemos ter para manter a conservação do instrumento.



Cera de veículos? Polidor de móveis? Saiba que, segundo nosso "anjo da guarda" Jaques Molina, alguns produtos como esses podem ser um perigo para a pintura de certos instrumentos. Talvez o produto mais arriscado seja a cera automotiva, pois, além de muito oleosa, pode ser abrasiva em demasia e, na grande maioria dos casos, possui em sua fórmula solventes devastadores para determinados tipos de laca nitrocelulosa, comuns em guitarras vintage. Jaques conta que já viu inúmeros casos de pinturas de Fender e Gibson, especialmento dos anos 70, destruídas após a aplicação de "uma cerinha"... Portanto, cera automotiva, nem pensar!
Com relação a lustra-móveis, o risco é bem menor, mas também existe, apesar de as pinturas mais modernas aceitarem bem esse tipo de produto. Pode ser ultilizado para limpezada escala e demais partes do instrumento. Não deixa resíduos e, em geral, proporciona um brilho seco e com agradável perfume. Convém testá-lo antes em uma pequena região da parte traseira do instrumento.

Na mesma linha de produtos facilmente encontrados em qualquer supermercado do país, há também o tradicional óleo de peroba, que é ainda mais apropriado para utilização em escalas, pois hidrata a madeira naturalmente, mas deve ser aplicado em pequenas quantidades no corpo e outras partes da guitarra, pois é bem oleoso.



Para polimento dos trastes, massa de polir automotiva é ideal, mas esse produto abrasivodeve ser aplicado somente na superfície do traste, tomando o maior cuidado possível para não atingir a escala e impregnar os veios da madeira. Uma dica: aplique antes óleo de peróba ou óleo de limão (mais difícil de ser encontrado) em toda superfície da madeira da escala, assegurando assim que o polidor não penetre nos veios. em casos de emergência, para polimento de trastes, pode ser utilizada paste de dente, mas deve ser do tipo mais tradicional possível, branca, e em quantidades diminutas, para não deixar a guitarra com cheiro de quam acabou de escovar os dentes. O polimento dos trastes deve ser feito com um pedaço de algodão com muito pouco produto abrasivo. gue bastante até que fique bem preto, fruto de remoção de metal oxidado. Use algodão seco para polimento final.

Todos esses produtos citados são bastante genéricos. O melhor mesmo é utilizar produtos específicos para instrumentos, cada vez mais fáceis de serem encontrados em lojas de instrumentos. Existem vários tipos de polidores associados a grandes fábricas de guitarras ou acessórios. Mas todos possuem em comum fórmulas que não atacam pinturas sensensíveis, além de conterem até mesmo substâncias detergentes em suas composições, facilitando a remoção de crostas de gordura e sujeira acumuladas. Jaques aconcelha um pequeno pedaço de algodão para aplicação e uma flanela nova e limpa para retirada do excesso de produto e lustre final. Uma vez feita uma limpeza pesada, basta passar uma flanela limpa de vez em quando. Uma boa hora para uma limpeza completa é na ocasião da troca de cordas, logo após retirar as cordas velhas e, é obvio, antes de colocar as novas. Como diria Motörhead: stay clean!

terça-feira, 22 de março de 2011

Surfing with the Alien - The history (part 2)

"Eu não queria que meu álbum fosse um disco bizarro, esquisito, como foi meu disco de estréia. Not of This Earth", diz Joe Satriani, enqunato se acomoda em uma cadeira em seu home studio, em San Francisco. "Eu queria que meu próximo disco explorasse seu potêncial máximo. quero dizer, porque um disco instrumental de guitarra não podia soar rock como Queen ou Pretenders e ter a energia de Van Halen? Quando tive sinal verde para fazer Surfing with the Alien, me senti o cara mais sortudo do mundo".

Satriani então seguiu em frente para lançar o equivalente guitarristico de uma bomba atômica. Surfing with the Alien tornou-se o primeiro disco de rock instrumental de guitarra a entrar no top 200 da Billboard, chegando a número 29. Também gêrou três hits e rendeu a Satriani um disco de platina.
Tudo isso para um cara que, um ano antes, era conhecido apenas por der dado aulas para Steve Vai e Kirk Hammett do que seu próprio estilo.

Mas logo entenderam que Satriani era um guitarrista incrível - digno dos elogios efusivos de seus pupilos famosos. O que elas talvez não soubessem é que ele estava prestes a reescrever a história do rock instrumental de guitarra, já que inseriu uma abordagem pop e sonoridades exóticas na técinica de seis-sordas.

Em 2007, quando Surfing with the Alien completou 20 anos de seu lançamento, a Epic/Legacy lançou um CD/DVD remasterizado e expandido, que traz também a performance de Satriani no Festival de Jazz de Montreux de 1988. "Fomos para as sessões de Surfing sabendo que queríamos fazer um álbum brilhante e alegre", explica Satriani, enquanto nos sentamos em meio a uma quantidade enorme de protótipos de equipamentos signature (ele estava testando um novo desing de amplificadores Peavey JSX e brincado com um wah Vox signature). "Mas, quando começamos a levar o disco a sério, decidimos fazê-lo bem cenemático, por isso ele ainda é atraente para os ouvintes. Não chegamos e dissemos: 'Ouça o que sabemos tocar'".

segunda-feira, 21 de março de 2011

Surfing with the Alien - The History

Quando ouvi falar pela primeira vez de Joe Satriani, fiquei muito curioso, isso porque meu então professor de guitarra o descreveu com muito entusiasmo e admiração. Quando minha aula terminou, fui direto para casa louco pra baixar algo de Joe e conferir se esse cara era tão bom assim.
Always with me, always if you foi a primeira audição, e como a primeira impressão é a que fica, a que ficou em mim foi a melhor possível.
Mais quando paramos para imaginar guitarristas como Joe Satriane, Steve Vai e outros monstros virtuosos, pensamos em shows gigantescos, milhares de fãs e equipamentos top de linha. Mas isso nem sempre foi assim.

Como Satriane contou à Guitar Player em entrevista exclusiva, ele teve que superar diversas dificuldades para gravar e divulgar o álbum SURFING WITH THE ALIEN (1987), que mudou a história do rock instrumental. "Não tinhamos orçamento para passar uma semana testando som de guitarra. Não havia seis diferentes caixas de alto-falantes e amplificadores exóticos dando bobeira. Tinhamos um estúdio modesto, pouco tempo e um cronograma apertado", disse o guitarrista. "O disco foi feito sem um estúdio exclusivo para nós. Tinhamos, por exemplo, quatro horas na quarta-feira e, depois, só podiamos voltar por seis horas na quinta-feira na semana seguinte - mas em um sala diferente daquela em que havíamos registrado nos dias anteriores".
Outro obstáculo que Satriani teve de enfrentar foi a realização de shows como como frontman de uma banda sem vocalista, em canções totalmente instrumentais. Foi ele quam recolocou a guitarra em posição de destaque num palco, algo que não sei via desde John McLaughlin na Mahavishnu Orquestra e Jeff Beck. "Quando a gravadora me ligou e disse que eu tinha que cair na estrada, minha resposta foi: "Você está brincando! devo subir lá em cima e tocar sem um cantor?" Na época, não havia mercado para grandes shows instrumentais. Quem iria nos contratar? Tive de pensar bastante em como ficar em frente a uma platéia e simplesmente tocar. Agendamos uma turnê de duas semanas".

Uma das principais lições que Satriani nos dá nessa entrevista é que, para chagar ao estrelato, deve-se batalhar muito e enfrentar os problemas que surgem durante o caminho. Além de estudar com dedicação em sua formação musical, ele deu aulas de guitarra durante muito tempo, inclusive no início de sua carreira-solo para complementar seu orçamento. Satriani tinha que dividir sua agendaentre apresentações e aulas. "Os primeiros shows foram difíceis, poque eu estava um pouco estressado por ter terminado SURFING e, ao mesmo tempo, ainda ser um músico batalhador que dava aulas de guitarra". Portanto, não espere que tudo caia do céu e procure não reclamar das dificuldades na hora de gravar um álbum ou até mesmo estudar dentro de seu quarto. Faça como Satriani: enfrente os problemas, transforme os obstáculos em algo proveitoso e acredite em sua música. Assim, no futuro, quem sabe você não se torna o próximo guitar hero admirado mundialmente?

(Continua)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Resenha - Black Rain

Um dos albúns mais pesados do Madman é com certeza Black Rain, e com certeza isso se deve ao fato de seu guitarrista ser o fabuloso Zakk Wylde.

Em BLACK RAIN as guitarras de Zakk estavam com o "timbre em transição" para um lado mais pesado, soando quase como as guitarras de black metal. Esqueça a sonoridade "inofensiva" das músicas do disco NO MORE TEARS, por exemplo. Tudo bem que os tempos eram outros, mas nem todas as bandas transformam sua identidade sonora com tamanha intensidade. Black Rain tem guitarras roucas, embriagadas de distorção, e afinações explosivas. As composições são, em sua maioria, do trio Ozzy, Zakk e Kevin Chucro, que co-produzio o disco com o vocalista. Na cozinha, a dupla que se entende muito bem: Blasko (baixo) e Mike Bordin (bateria). Wylde gravou também os teclados que surgem em Black Rain.

Comecemos pelas duas únicas faixas em que Zakk não assina a composição: The Almighty Dollar e Trap Door. Por sinal, duas candidatas a grabdes registros feitos pelo guitarrista. Na primeira, riffs pesados, efeitos e pequenas intervensões de seis cordas ao longo da música criam o clima fantasmagórico da então atual fase de Ozzy. Refrão linear, quebrando o ritmo acentuado da base, um ótimo pretexto para um solo simples, mas expressivo. Em Trap Door, Wylde deixou sua veia pulsar como nos velhos tempos. Mesmo estando mais pesado, o som de sua guitarra remete aos primórdios com o Ozzy.

A faixa Black Rain foi e escolha acertada para batizar o álbum. De todas, é a que melhor aproveita os riffs e levadas que caracterizam a sonoridade desse repertório. Tem os clássicos harmônicos, o som limpo e amanteigado por Chorus e as bases pesadas para realçar a intensidade dos vocais. Enfim, o estilo Zakk Wylde.

Black Rain pode ter enfrentado resistência dos fãs mais velhos e acostumados às músicas dos anos 80. Entretanto, deve agregar bastante os guitarristas, uma vez que mostra o amadurecimento de um dos melhores profissionais da guitarra.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lições de vida e música - Mike Stern.

Quando pensamos em um guitarrista que gravou 13 álbuns-solo e teve quatro indicação ao Grammy (o oscar da música), imaginamos o quão feliz essa pessoa dever ser em sua vida.
Mike Stern é literalmente um cara que encarou o demônio de frente e sobreviveu para contar a história.

"Eu estava indo para casa à noite, após um ensaio em Boston, quando um cara chegou pra mim e disse: 'Me dê sua guitarra'", conta Stern. "Ele tinha a vantagem, porque estava com uma arma."
O demônio naquela noite, no entanto, não era o bandido com a arma na cara de Stern. era a substância no bolso do casaco do guitarrista. "Verdade seja dita", admite Stern, "eu estava muito viciado naquela época. A ironia é que eu provavelmente poderia ter dito a ele: 'Pegue isto em vez da guitarra'. Tenho certeza de que ele penhorou o instrumento por 25 dólares para comprar alguma droga".
Nos dias seguintes, Stern foi até algumas lojas de penhores locais ´para ver se encontrava a guitarra, mas ela nunca apareceu. Provavelmente, alguém esta tocando o instrumento nesse momento - uma linda Fender Telecaster híbrida dos anos 50 e 60 -, sem ter a mínima idéia de que seus donos anteriores foram Mike Stern, Danny Gatton e Roy Buchanan.
Stern espera que a mensagem dessa história seja clara: a música tem o poder de salvar vidas. Mesmo quando Stern estava sofrendo muito com o vício, o poder da música sobre ele foi forte o suficiente para impedir que ele caísse no abismo. Stern está limpo a quase 25 anos, e a guitarra é uma das principais responsáveis por isso. "Fo i- e ainda é - uma força incrívelmente positiva em minha vida", diz ele. "A música me carregou atravé de muita coisa negativa que fiz. Sem ela, não sei se estaríamos tendo essa conversa".
Para Stern, a primeira grande manifestação do "poder" da guitarra aconteceu quando ele era jovem e explorou a coleção de discos de sua mãe. "Sempre toquei de ouvido, e rock era fácil de decifrar", conta, "Depois, tentei tocar junto com um disco de Miles davis ou Herbei Hancock e me perdi em dois segundos. Eu adorava aquilo.
O grande avanço seguinte de Stern aconteceu anos depois, em sua primeira audição. "Pat Metheny tinha ouvido que o Blood, Sweat & Tears precisava de um guitarrista e me disse: 'Cara, você soa muito bem, deveria tentar'", lembra Stern. "Eu respondi: 'O que você quer dizer com isso? Eu não toco nada'. Mas ele insistiu: 'Não, você faz coisas muito boas'. Pat gostava do meu feeling. Mais tarde, Miles também gostou. Miles costumava me chamar de 'Fat time', e ele até colocou uma música chamada Fat Time no álbum THE MAN WITH THE HORN. Toquei um solo grande naquela canção".
"Enfim, fui áté a minha audição do Blood, Sweat & Tears e minhas mãos estavam tremendo o tempo todo. Eu tinha certeza de que eu não conseguiria a vaga, mas consegui. A lição dessa experiência é que, às vezes, você tem de dar a cara pra bater, arriscar-se um pouco e não achar que pode prever o resultado. Algumas coisas funcionam, outras não, e é difícil dizer por quê. Nenhum de nós é qualificado o bastante para criticar nosso próprio jeito de tocar".

Stern confessa que ainda fica nervoso antes de alguns shows. "Minhas mãos ainda tremem às vezes". Masa é bem provável que ele não fique nervoso nas apresentações que faz regularmente no 55 Bar, em Manhattan. O pequeno clube poderia ser sua sala de estar. Mesmo com frequentadores se espremendo e garçonetes carregando bandejas de coquetéis pelo "palco", Stern parece estar sempre pegando fogo. Mas até mesmo Stern tem noites fracas."Tenho mais noites fracas do que as pessoas se dão conta", diz ele. "Faço shows há tanto tempo que acho que descobri um jeito de soar como se soubesse o que eu estou fazendo, mesmo quando não sei.
Quando está fazendo um show ruim, você deve parar de focar em si mesmo. Nessas noites, procuro me concentrar no que um dos outros músicosestá fazendo, porque geralmente alguém na banda está tocando algo bem legal. Deixe-os te inspirar e, assim, eles podem te levar junto". "Nós nos entregamos de coração a essa arte, e a música com certeza pode partir seu coração. Não é como trabalhar nun barco.
Toda vez que você toca, está abrindo seu coração. você está lá, compartilhando sua alma - mesmo quandop está tentando ser cool [risos]. Às vezes, digo a alunos qua a única garantia que você tem é a música, e que ninguém pode tirar iso de você. Só você pode tirar ela de sí mesmo - não praticando e não se esforçando. Quanto mais você se dedicar à música, maior será a paixão por ela".



quarta-feira, 16 de março de 2011

Ibanez JEM 20th Anniversary

Os testes de Jaques Molina me inspiram profundamente. Primeiro porque o cara é um luthier de primeira, manja muito de guitarra, amp's e pedais, e segundo porque os testes dele fazem com que os leitores se sintam empunhando o instrumento quando leem seus artigos.
Em 2008 fui até a Teodoro em Sampa, acompanhar um brother que estava afim de comprar uma guita, e quando entrei na Playtec, ví algo que me deixou de boca aberta literalmente. Fazer um teste nessa maravilha era impossível, pois segundo o vendedor ela era recém chegada ao país, e já estava encomendado por algum guitar-maníaco cheio da "bunfa". Depois disso, ao assistir o DVD do mestre Steve Vai "Where the Wild Things Are" me deparei novamente com aquele "monstro de olhos verdes", e fiquei louco para escrever algo sobre o brinquedo mais exótico de Steve.
Foi quando me deparei com uma Guitar Player Collection que tenho, e que tive a agradável surpresa de "encontrar" um teste feito por Jaques nessa maravilha chamada "Ibanez JEM 20th Anniversary".

Steve Vai é um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Ele se tornou um mito não apenas por seu incrível talento musical. Com certeza, para Vai, discípulo de Frank Zappa, o aspecto cênico sempre foi fundamental. Não basta tocar escalas impossíveis na velocidade da luz, é preciso ser a luz! E essa Ibanez capta esse espírito. É uma guitarra-show, feita sobre medida para um showman e virtuose do rock! Somente 500 unidades foram fabricadas pela Ibanez, e apenas seis desembarcaram no Brasil.

Iluminada, brilhante, ofuscante, enfim, qualquer um desses adjetivos pode ser utilizado de forma literal, pois esta guitarra realmente acende. Seu corpo é corpo é de acrílico especial transparente, mas com aplicação de pigmentação interna em várias cores e camadas, baseada nas JEM com pintura "swirl", mas gerando um efeito tridimencional. A mágica é que ela possui um circuito de LEDs internos, situados entre os pickups e as molas da alavanca, que acendem e fazem com que o corpo fique completamente iluminado, causando um efeito visual surreal e impressionante!
No mais, é a boa e velha Ibanez JEM, construída no Japão por um time especial de luthiers da empresa, e com o que há de mais atual em termos de hardware, como o trêmolo Ibanez Low Pro Edge e captadores DiMarzio desenvolvidos especialmente para ela. Seu braço é construído de acordo com os mais rigorosos padrões, com três peças de maple separadas por duas tiras de walnut, tipo de construção que torna o braço bastante estável e evita a necessidade da "colagem espanhola". A escala é de rosewood com a famosa marcação floral, de madrepérola e abalone, com 24 trastes finos e altos instalados e polidos de forma sublime. Como não podia deixar de ser, as quatro ultimas casas são escalopadas. Possui tarraxas Ibanez com botões feitos do mesmo material do corpo e com trava fixada por tráz do headstock, que conta com um ótimo reforço nessa área. Sua parte elétrica é simples, com controles de volume e tonalidade, chave de 5 posições e push-pull no potenciômetro de tonalidade que acende as luzes internas da guitarra, alimentadas por uma bateria 9 volts situada na cavidade do jack de saída blindado.

Jaques diz nunca ter ficado tão curioso para ligar uma guitarra em um teste da Guitar Palyer como desta vez. A pegado do braço em "W" é o máximo em sua categoria. A ação das cordas no braço e o desempenho da alavanca são equivalentes a um motor Honda de formula 1. Mas que timbre teria esse alien de luz esverdeada, constituído em grande parte por um material acrílico? Confesso que estava preparado para o pior, mais tive uma grata surpresa! Acredite ou não, ela tem um som muito semelhante a uma JEM de madeira. É claro que há certas particularidades, mas esse é o barato. Possui um pouco mais de agudos e menos graves do que as guitarras de madeira que nós, terrestres, utilizamos, mas seu sustain chega a ser até maior do que o normal, principalmente quando adicionamos doses maciças de drive, pois seu timbre é bem definido e deixa os sons com distorção afiados ao extremo. O excelente braço de madeira assegura grande parte de seu timbre e, como o único ponto de contato com o corpo são as lâminas da alavanca e as molas, o acrílico não interfere negativamente na sonoridade.

Conclusão
A Ibanez JEM 20ThAnniversary é uma guitarra de projeto genial e impecável, que faz jus a essa parceria de gigantes que completa 20 anos. Quem tiver poder aquisitivo necessário para comprá-la com certeza já possúi uma coleção de guitarras de altíssimo nível. Além disso, esse é um instrumento que não deve ser ultilizado de forma banal. Para começar, a guitarra é um pouco pesada, e seu efeito é alucinante, mais pode ficar enjoativo, sendo ideal para ser usada apenas em um momento especial do show.
Rendam-se, terráqueos!


Indicada para: extraterrestres virtuoses que tocam guitarra.

Prós: Visual estarrecedor, construção impecável, timbres de outro planeta.

Contras: Preço inacessível para terráqueos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Entrevista - The Great Kat

Quando pensamos em mulheres guitarristas, alguns nomes como surgem em nossas mentes, porém quando pensamos em mulheres guitarristas e virtuosas que destroçam no speed metal, o primeiro nome que me vem à mente é o da inglesa GREAT KAT.



Apesar de ser inglesa, Katherine Thomas cresceu nos Estados Unidos, onde estudou música erudita na renomada Julliard School, em Nova York.
Violinista virtuose, ganhou popularidade quando começou a transportar para a guitarra os clássicos da música erudita que tocava no violino. Roupas de couro, chamas, labaredas e sangue falso são alguns dos itens que compõem o figurino de Great Kat. Apesar da extravagância, a guitarrista impressiona pela domínio de técnicas de velocidade. A seguir, a rainha da "fritação conta os segredos de suas habilidades".

Como começou a estudar guitarra?

Formei-me com méritos na Julliard School e comecei a tocar como solista de violino clássico no Carnegie Recital Hall, após ganhar o concurso Artists International Competition. Depois de algum tempo, dei-me conta de que a música erudita estava morta e precisava ser ressuscitada imediatamente. Para isso, procurei todas as formas de música popular e encontrei o speed metal. Aprendi guitarra transcrevendo as técnicas e solos de violino, como o Violin Concerto, de Beethoven, 24 Caprises, de Paganini e Zigeunerwisen, de Sarasate. Acabei desenvolvendo um estilo rápido, furioso e virtuoso.

Quais são suas maiores influências?

Jimi Hendrix, por tudo que ele fez pela guitarra; Beethoven, pela força e energia e genialidade; Paganini pelo violino e técnica; Wagner, por ser brutal, louco e pesado; Bach, por ser matemático; e Mozart, pela velocidade e brilhantismo.



Como desenvolve seus solos?

Todos são baseados nas técnicas de composição da música erudita. Edito, arranjo e recomponho, nota por nota, as obras-primas de compositores com Bach, Wagner, Vivaldi, Paganini, Beethoven, entre outros. Rearranjo essas composições para a guitarra virtuose.

O que é mais marcante em seu estilo?

Minha técnica é baseada em motivos eruditos, frases velozes, escalas e solos. Algums das técnicas de guitarra e violino que uso são arpejos, escalas, salto de cordas, sweep, ligados, trinado, palhetadas radicais, frases rápidas, double-stops, staccato, vibrato e portamento, tudo isso em diferentes velocidades.

Como funciona seu trabalho no estúdio e no palco?

Gravo entre quatro e oito canais de guitarra e três de violino para cada música. Nos shows, as músicas ficam um pouco diferentes. Por exemplo, para meu próximo DVD, gravei o famoso solo O Vôo do Besouro (Rimsky-korsakov) com quatro canis de guitarra e três de violino em contraponto, além de orquestra MIDI, bateria e baixo. Ao vivo, terei de simplificar a apenas o solo principal, acompanhado de bateria e baixo.

O que sugere para aperfeiçoar a velocidade?

Pegue um livro de escalas e pratique todas as escala maiores e monores, em todas as casas. Comece devagar e estude até atingir uma velocidade matadora. pode levar algum tempo, mas não desista.

Fonte da entrevista: Guitar Player Agosto de 2007
Visite www.greatkat.com

sábado, 12 de março de 2011

Boss ME-25

A expomusic é para o músico (ou canditato a músico) realmente um dos programas mais prazerosos e marcantes de suas vidas. Para a minha não é diferente, e como diz aquela velha e batida frase "A primeira impressão é a que fica", na ultima expo a minha primeira impressão foi excelente.
logo que entramos no pavilhão de exposição do Expo Center Norte o primeiro stand em que eu e minha noiva Juliana paramos foi o da Boss. Lá estava um guitar (que hoje descobri que se trata do especialista em produtos Boss Pedro Lobao) terminando de afinar sua Ibanez "canhota" e dois caras colocando os headphones que estavam dependurados nas armações do stand, e como eu não sou nada curioso fui sem demora "catar" um fone para mim e um para minha amada afim de participar daquela demonstração.

Quando se trata de Boss, já sabemos de ante-mão que podemos esperar algo de muita qualidade, e na ocasião, não me decepcionei pois o equipo em questão era a nova pedaleira ME-25.
A primera função a ser demonstrada foi a função SUPER STACK, uma opção que simula caixas 4x12! Ela deixa o som do efeito animal demais dando mais realidade
as simulações do equipamento. A ME-25 é dividida em 60 memórias que podem ser 100% modificadas de acordo com cada usuário.
è muito interessante o fato de você consegui trocar um patch de metal extremo, para um fender classico crunch com chorus em apenas um clique.
Néofitos aproveitam a possibilidade de experimentar diversos efeitos Boss por um preço não muito maior do que um único pedal. Para os profissionais, essas compactas unidades oferecem capacidade de armazenamento necessário para ensaios ou pequenas apresentações que não exigem uma pedaleira completa ou um sistema de racks. A ME-25 segundo o Pedro que estava apresentando o modelo, foi lançada para substituir a ME-20.
Nessa pedaleira não existem modificações sutis, a ME-25 renova totalmento o layout, a operação e a personalidade dessa unidade multiefeitos. Enquanto a ME-20 continha 17 efeitos projetados para ajustes rápidos, com tudo organizado em 4 fileiras facilmente visíveis, a ME-25 tem interface um pouco mais complexa e por possuir modelações de amps, requer um pouco mais de domínio para que se consiga extrair o máximo do que ela tem a oferecer. enquanto a ME-20 tinha em sua carcaça 3 footswitches para acessar os efeitos individuais e programas, a ME-25 possui apenas dois para subir r descer pelos programas e um terceiro para regular o tempo de delay, controlara novo função de loop ou acionar o boost "Solo" em qualquer um dos programas.




A novidade maior é que a ME-25 possui agora o sistema COSM, da Roland, para modelar amplificadores. Isso permite plugar a unidade a uma mesa de som para gravação ou show ao vivo. Se você quiser os efeitos de um pedal junto com um stack ou combo, basta criar um grupo de patches com a modelação de amps desligada.
A ME-25 permite que você inicie por uma das seguintes seis alternativas: Clean, Crunch, Drive, Lead, Heavy e Extreme. Para isso é só apertar o botão indicado. Depois o knob seleciona dez variaçao de cada tipo. Você pode então acessar imediatamente os parâmetros de drive, tonalidade e volume em outros 3 knobs, entrar no modo de edição, adicior ou deletar efeitos e salvar o programa em um slot de usuário.
A operação da ME-25 não representa um grande avanço, mais sua capacidade USB é um largo passo adiante. Ligue a pedaleira a seu computador e ele funcionará como uma interfacede audio, para gravar e monitorar por meio de qualquer cabo USB. O produto vem como software Cakewalk SONAR 8.5. A conexão USB também permite que você inclua um software para.



O som do pedal é bem fiel ao de um Wah ou whammy, mais o que chama mais atenção é o modo frezze, no qual qualquer acorde tocado com o pedal na posição do calcanhar era sustentado infinitamente na posição da ponta do pé, como um efeito de pad, ou para facilitar, como se fosse um string de teclado. Alguns achem talvez que esse efeito já vale o preço dessa unidade. Quando um acorde se torno monótono, você pode explorar a função Phrase Loop - com 38 segundos de tempo de gravação - ou carregar no computador um dos loops de áudio, ritmos de canções inclusos na ME-25 e tocar junto.
O nível profissional dos sons da ME-25 podem funcionar ao vivo se o seu show estiver bem programado - com 60 presets para o usuário, basta passar por eles à medida que sua apresentação transcorre. Voê pode, também, adicionar essa compacta unidade `sua pedaleira e usá-la como um whammy, wah ou freeze. Para estudo, gravações e shows, é fácil encontrar um lugar para a ME-25 em seu arsenal de efeitos, ainda mais graças a seu preço atraente.


Abaixo Pedro Lobao



quinta-feira, 10 de março de 2011

Deja Vu All Over Again - JOHN FOGERTY

Em 2005 tive o grande prazer de ir a um show de uma das bandas mais clássicas e populares de todos os tempos. Digo isso porque tenho certeza que um dia você já se viu cantarolando o refrão grudento de HAVE YOU EVER SEEN THE RAIN. Essa banda era ninguém mais, ninguém menos que Creedence Clearwater, porém não o Revival que infelizmente acabou em 1972, e sim o Revisited, que foi formado em 1995 pelo baixista e baterista originais do Creedence Clearwater Revival - Stu Cook e Doug Clifford repesctivamente.
Foi um concerto muito bom, e só não digo que foi incrível pois faltou a cereja do bolo, John Fogerty.
Em 2004 o sessentão, que desde 1998 quando gravou o disco ao vivo intitulado Premonition não gravava um disco, lançou excitante Deja Vu All Over Again.

A audição deste albúm traz a tona um sentimento nostálgico do fim dos anos 1960 e boa parte dos 70. As canções são bem trabalhadas, com melodias fáceis e um instrumental de country rock bem tocado. É o caso das ótimas Sugar Sugar (In my life), Radar, Honey Do, I Will Walk With You e Rhubard Pie. A faixa-título possui um refrão meloso e pegajoso, mas é uma canção bem bacana. Fogerty e a banda arriscam um punk rock em She's Got Baggage, com guitarra saturada e direito de entoar "hey", ao melhor estilo Ramones.
Na faixa Nobody's Here Anymore, acontece a participação do amigo Mark Knopfler, que divide os solos com Fogerty, dedilhante fraseados limpos e expressivos.

John se encarrega da maioria das guitarras do albúm e arrisca alguns solos com bastante entusiasmo. Os timbres são bem interessantes: tem desde guitarras limpas, orgão Hammond no fundo, percussões ocasionais e o vozeirão de Fogerty em primeiro plano - ingredientes que o vacalista sempre soube usar para fazer um rock de raiz. É o tipico albúm gostoso de se ouvir dentro do carro, numa estrada viajando para longe da cidade.


quarta-feira, 9 de março de 2011

Hangar Day

A Banda Hangar promove evento com Show, Meet & Greet e lança ainda o concurso TOQUE COM O HANGAR NO HANGAR DAY.
No dia 12 de março de 2011, o Blackmore Rock Bar será palco do Hangar Day, um evento único, realizado pelo Hangar em
parceria com a Free Note.

Em comemoração ao evento, o Hangar lança em janeiro/2011 o concurso Toque com o Hangar no Hangar Day, onde 5 vencedores
terão a chance de dividir o palco com o Hangar para tocar uma música cada (Consulte o regulamento do concurso no site www.hangar.mus.br).
Após os vencedores deixarem o palco, o Hangar iniciará um show com o repertório do seu novo álbum Infallible, seguido de um Meet & Greet para todos os fãs presentes no evento.
Durante todo o evento serão realizados sorteios de muitos brindes especiais!
A partir do momento de abertura da casa, haverá venda de Merchandising Oficial da Banda e produtos Free Note (Métodos, Songbooks e outros produtos) com preços especiais!



Comprando o seu ingresso ANTECIPADO você ganha automaticamente 10,00 em bônus para gastar no estande da Free Note no dia do evento. *válido somente para compras realizadas no dia do evento.

Informações Hangar Day:
Sábado, 12/03/2011 às 22h (abertura da casa: 20h) Blackmore Rock Bar Alameda dos Maracatins 1317 – Moema

Venda de Ingressos:
Os ingressos estarão à venda a partir do dia 29/01 na Free Note (Rua Teodoro Sampaio, 785 – Informações: 11 3085-4690 )
Compra antecipada (Free Note): R$ 15,00 Compra no dia do evento (na bilheteria do Blackmore Rock Bar): R$ 20,00.

Fonte: Whiplash

terça-feira, 8 de março de 2011

Teste - Gretsch White Falcon

Sábado tem festa dos anos 60, anos 60 me faz lembrar das clássicas semi-acústicas, e semi-acusticas nos anos 60 com certeza me remetem as guitarras Gretsch.
Em uma Guitar Player de 7 anos atrás, encontrei um teste de uma White Falcon que havia visto e testado na Expomusic de 2006, e que com prazer vou posta-lo hoje no ATG.

Fundada em 1883 pelo jovem imigrante alemão de 27 anos Friedrich Gretsch, a Gretsch evoluiu bastante desde então, passando de fabricante de banjos e tamborins para criadora de uma das guitarras elétricas mais estilosas da década de 50. A empresa tem deixado a marca de seus timbres na música pop desde aquela época, graças a músicos como Cher Atckins, Eddie Cochran, Gene Vicent, Cliff Gallup e George Harrison, sem contar o maluco Brian Setzer, que estourou como o rockabilly na década de 80. Apesar de seu visual magnifico e som definitivo, as guitarras Gretsch nunca alcançaram a popularidade das Fender e Gibson, consequência das estratégicas de marketing e distribuição fracas da empresa.

A questão é que a Fender mudou essa situação. Após uma negociação em 2002, a empresa adquiriu os direitos da fabricação e distribuição dos instrumentos da Gretsch, o que fez com que hoje nós conseguimos ver estas belezas em muito mais lojas.

A White Falcon foi lançada em 1955, rivalizava com outros modelos clássicos da época. E seu relançamento é mais uma das maravilhas cosméticas, já que ela conta com todos os elementos principais disponíveis apenas nos "modelos de transição" produzidos entra 1957 e 1958 (embora existam dúvidas se realmente foram produzidas assim).

Podemos incluir nesse caso o logotipo vertical no headstock (que ficou horizontal em 1958), os detalhes dourados do escudo, os captadores Filter Tron (não disponíveisdesenvolvidos por Ray Butts, que inventou também o eco de fita e os Amps Echo Sonic, usados por Chet Atkins e Scotty Moore (guitarrista do Rei Elvis) - esse pickups são muito bonitos (com sua capa arredondada cromada, topo plano, parafuso Fillister de ajustes dos polos e incrustações curvadas esculpidas na extremidades). A ponte e a parte elétrica tambémmm mudaram no decorrer dos anos - a guitarra ganhou um segundo cutaway em 1962 -, mais qualquer um que adquirir a edição de relançamento pode ficar tranquilo, pois todos os elementoessenciais dedee White Falcon estão presentes.

Com o seu corpo de 17" de comprimento e 2 ³/4" de espessura, a White Falcon é uma guitarra de grandes dimensões. Ela é uma guitarra de grandes dimensões. Ela é muito bem construída, com junções precisas, incrustações cortadas e fixadas sem irregularidades e muitas peças banhadas a ouro 24 quilates. Os elementos básicos não apresentam falhas, desde seu acabamento branco impecável, passando pelos trastes bem instalados e ferragens consistentes. A escala do braço e o ajuste da guitarra são parecidos com os da Jet Firebird, embora a White Falcon ofereça uma tocabilidade mais difícil, devido a sua escala de comprimento um pouco maior.

Apimentada

Se você acha que a White Falcon soa mais como uma guitarra de jazz, saiba que ela também é boa para rock. Este modelo tem um som coeso, com agudos brilhantes, médios fortes e graves poderosos. A sua construçãoo de maple contribui para aumentar a resposta de ataque da guitarra e, quando pluguei-a em uma reedição do Fender Bassman, a White soou impiedosa. Equipada com um sistema de alavanca Bigsby B6GB com ponte Space Control que funciona bem para country ou hard rock, esta guitarra fez jus ao seu nome ("falcão branco"), possui também dois canais independentes White Falcon, tarraxas Grover Imperial, 22 trastes e pesa aproximadamente 3,77kg.Agora você sabe porque Billy Duffy, do The Cult, e Neil Young tocaram muitos de seus solos esganiçados em uma WF vintage.


Olha o James com a falcon

A WF tem duas chaves (uma para seleção de captadores e outra para tonalidade) e três controle de volume. Ajustando a chave na posição superior, você obterá melhores timbres distorcidos do pickup da ponte. A perda de ataque quando você diminui o volume foi o único ponto negativo. Com volume máximo e plugada em um Amp com overdrive moderado, a WF rugiu como a maior das feras. Esta é uma grande guitarra, com cerca de 50 anos de idade e merece "Honras ao Mérito".




segunda-feira, 7 de março de 2011

Dicas de palco com Marcelo Barbosa

Aos 17 anos o talentoso guitarrista já lecionava em duas escolas e tocava na noite acompanhando cantores. Desde que ouvi seu som pela primeira vez, fiquei impressionado com sua técnica extremamente limpa e precisa.
Participou das bandas Zero 10, Khallice e do projeto Guitarras do Cerrado. Hoje Marcelo integra o time da banda ALMAH, que é o projeto solo de Edu Falaschi, vocalista do Angra.
Com a ideia de ter sua própria escola, em 1996 Marcelo fundou o GTR, instituto especializado em guitarra. Ele mesmo escreveu todo o material didático da escola. Nesta entrevista, Marcelo revela segredos para realizar uma boa performance ao vivo e conta algumas experiências.

Um material que é importante tanto para o guitarrista já integrado ao mundo da música quanto para aqueles que estão começando e que sentem aquele frio na barriga mesmo quando vão tocar para a família no aniversário do priminho pentelho.

Como você se prepara antes de uma apresentação?

Gosto de estar seguro de que farei uma boa performance. Costumo ensaiar bastante, tanto com a banda quanto com o meu computador, pois isso me ajuda a ter segurança e tranquilidade na hora de tocar. Além disso, checo meu equipamento e guitarras, para ter a certeza de que tudo funcionará perfeitamente. Mesmo assim, às vezes rolam alguns imprevistos.

Você costuma fazer exercícios específicos de alongamento?

Sempre que possível me aqueço e faço alongamento. Gosto de aquecer minha palhetada e minha mão esquerda. Não tenho nenhum exercício específico, fico tocando cromatismos e fazendo vibratos com a mão esquerda. Faço isso durante cerca de 40 minutos.

Quais cuidados você tem em relação aos equipamentos?

Costumo checar todo meu equipamento para ter certeza que esta tudo funcionando perfeitamente. testo cabos, jacks, fontes e sempre levo cabos e cordas reservas. nunca uso cabos que não estejam em perfeitas condições de funcionamento. Odeio mal contato! Confiro regularmente a entonação das minhas guitarras.

O que você procura observar durante a passagem de som?

Gosto de ter a ideia de como tudo vai soar. Durante a passagem de som, vejo em que volume meu amp tem que estar no palco, para que o som fique confortável para mim. Com esses detalhes, evito surpresas desagradáveis na hora do show. Gosto de ouvir os outros instrumentos para poder interagir com eles e improvisar muito.

Com que frequência você troca as cordas de sua guitarra?

Uso cordas Elixir, que tem grande durabilidade. Mesmo assim, não costumo ficar muita mais de um mês com cada encordoamento. Outras cordas não passam de três semanas, pois toco muitas horas por dia. Gosto do som cheio e brilhante que cordas novas oferecem e da segurança que elas passam. É muito difícil uma corda minha quebrar durante um show. Corda nova quase não quebra.

O que você faz para controlar o nervosismo antes de show?

Hoje em dia quase nunca fico nervoso, apenas uma vez ou outra, não sei por quê. Quando isso acontece, costumo respirar fundo e pensar em toda minha dedicação e preparação. Tento não pensar no que está para acontecer e procuro curtir o momento. O mais importante é você se divertir enquanto toca. Quando isso acontece, o nervosismo vai embora.

Que dica você daria para realizar uma boa performance ao vivo?

Para estar bem preparado, não basta apenas estar bem ensaiado com a banda, você deve também ter uma boa rotina de estudo do seu instrumento. Quando estamos com tudo "na ponta dos dedos", a apresentação fica mais tranquila. Manter a cabeça fresca é fundamental. Faça o seu som sem se preocupar com nada além de emocionar a plateia e a si mesmo.

sábado, 5 de março de 2011

Nicko McBrain fala sobre sua conversao ao Cristianismo.

Poxa, ao olhar o titulo desse post, alguns puristas podem ate dizer: Como o blog se chama a arte de tocar guitarra e voce post uma materia sobre uma batera?
Minha resposta e simples: O cara nao so e um execente musico, como tambem faz parte da banda que tem o trio de guitarristas mais famoso da historia do rock. Alem do mais, achei muito interessante o fato de Nicko expressar sua fe em Cristo Jesus.
Vale a pena perder um tempinho lendo sua entrevista, pois pode responder aquelas perguntas que surgirao na cabeça de muitos.

Seguem abaixo trechos de uma entrevista realizada por Geoff Martin, do site Canada.com, com Nicko McBrain, baterista do IRON MAIDEN:

Sobre o novo CD, “A Matter of Life And Death”: “Este álbum é um passo a frente de tudo o que já fizemos, na minha opinião. Eu conheço algumas pessoas que não concordam com isso, mas eu não ligo, você pode enfiar essa opinião naquele lugar, eu não ligo a mínima.”

Sobre a ascendência da banda desde que Bruce Dickinson retornou ao grupo: “Desde que Bruce voltou, parece que voltamos ao início dos anos 80, onde tínhamos essa formação. Nos meados dos anos 80, as pessoas falavam que estávamos no auge de nossas carreiras. Bem, isso foi naquela época, mas hoje é que estamos no auge de nossa carreira, de verdade, pois atingimos um círculo completo, e estamos fazendo tudo novamente com as mesmas pessoas.”

Sobre o processo de gravação de “A Matter of Life And Death”: “Normalmente, Steve Harris (baixista) e eu temos essas enormes discussões durante o processo, seja de composição ou de gravação do álbum, mas desta vez nós não fizemos isso. Apenas conversamos, entende? Steve disse, ‘Hey, você percebeu que não tivemos ainda nenhuma discussão neste álbum?’ Nós ainda tínhamos quatro lados-B para gravar, e eu disse, ‘Steve, espera um minuto, nós ainda temos outro dia no estúdio, ainda pode acontecer!”

“Eu diria que qualquer coisa que gravamos, nós nos orgulhamos de poder realmente reproduzir aquilo ao vivo.”

“No final do dia, o fã que compra aquele álbum consegue discernir bastante as coisas, ele vai para um show para estar na frente da banda ou do artista solo, seja quem for, e ele vai pensar, ‘hey, aquilo não soou muito bem, está uma m****! Entende?"


Sobre a sua conversão ao Cristianismo, que ele diz que aconteceu em 1999: “A pergunta mais comum que as pessoas sempre fazem é, ‘Como você pode tocar ‘Number of the Beast?’ Bem, espera aí, é apenas uma história. Se você olhar no Livro das Revelações, vai estar tudo lá, toda essa raiva, todo esse negócio. E isso, foi uma música escrita a partir de um pesadelo que Steve teve.

“E a minha opinião é que um dos maiores truques que o Diabo já fez é fazer você acreditar que ele não existe. Eu posso dar um tapinha no ombro das pessoas e falar, ‘Eu não estou glorificando-o – se eu estivesse eu não seria Cristão.”

“Pois eu entendo, e a maioria dos Cristãos entendem, que o pecado é o domínio do Diabo e o último pecado é a morte, mas nós temos um caminho a ser seguido, e é aí que a fé e o Cristianismo entram em cena. Algumas vezes eu já tive a oportunidade de conversar com as pessoas sobre a minha fé e sobre o que eu sinto, e talvez esta seja a maneira que o bom Deus esteja trabalhando comigo.”

“Por ainda ser possível estar em uma banda tão grande, onde pessoas pensam que somos demoníacos ou Satânicos, a maioria das pessoas que nos conhecem e possuem um mínimo senso e inteligência, sabem que isso não é verdade. Não é necessário ser um Einsten para escutar os nossos álbuns e escutar as letras das músicas para entender o que está acontencendo.”

“Okay, então Eddie é o mascote da banda, certo? E ele é... meio que... bem, ele é um demônio, você sabe! Ele é o que você quer que ele seja, entende? Digo, escute isso, olhe para o número da Besta, aqui está ele, o mascote do Demônio! Mas você sabe, nós não estamos glorificando Eddie como um demônio. Ele é apenas.... um personagem de desenho.

“Mas pessoas podem olhar e falar, ‘espere um minuto, Nicko, como você pode dizer que é Cristão, e estar tocando numa banda que tem esse tipo de coisa acontecendo?

“Quando você se torna Cristão, você não se torna livre dos pecados, a idéia é pecar o menos possível. Somos todos pecadores, nunca estaremos limpos até o dia que o bom Deus estará na nossa frente para nos julgar. Eu tento viver a minha vida, eu realmente caio as vezes, e o ocasionalmente eu caio muito profundamente e eu tenho que me ajoelhar e implorar por perdão. Não é uma coisa fácil, não é para ser mesmo.”

Sobre um suposta tentativa de converter os seus amigos de banda para a sua fé: “Nós já tivemos algumas incríveis conversas bem profundas entre nós. Não posso dizer a você que estou tentando converter todos esses caras da minha banda para serem Cristãos. Eu os estou levando pelo meu caminho, e se eles escolherem seguir os planos de Deus como está na Bíblia, isso é por conta deles. Eu digo para todos eles, entende, na minha crença, no momento, se você se vira para o salvador Jesus Cristo, você terá uma vida eterna no Céu com ele!... Nós não falamos sobre isso todas as vezes que estamos juntos, mas já tivemos algumas incríveis conversas durante esses anos.”

“Eu realmente rezo para o Senhor por ainda ser possível estar nessa banda, e as bênçãos que nós todos temos por poder fazer esse tipo de música, e ainda estar por aí virando a cabeça de garotos que falam, ‘Cara, esses caras podem tocar! Eles podem ser uns velhacos, mas escute isso!”.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Uma lenda chamada Fender.

Em nossa última enquete "Qual a sua marca preferida?" acompanhei uma revira volta nos ultimos intantes da votação. A Tagima vinha firme e forte rumo a vitória, e quando eu menos esperava, eis que surge uma gigante Americana que com certeza merece o posto de campeã da enquete e lenda na história da guitarra elétrica.
Fala a verdade, para a grande maioria, a primeira marca que vem a cabeça quando discutimos sobre qualidade de instrumentos músicais é o nome Fender.
O post ficou grande, porém bem completo. Vale a pena conferir!!!


Importância na Música

A ilustre história da Fender é a de maior sucesso no curto período de existência das guitarras de corpo sólido. Todo músico sabe que as guitarras Fender são os instrumentos elétricos mais aclamados e imitados do mundo, seja no country, blues, jazz ou rock'n'roll. Os amplificadores Fender, que eram de qualidade duvidável antes do termo significar um tipo de música, têm sido o padrão mundial de excelência profissional. Qualquer músico, de iniciantes aos mais aclamados e conceituados artistas têm usado instrumentos e amplificadores Fender, alguns lendários como a Stratocaster, a Telecaster e os contrabaixos Fender Precision Bass e Jazz Bass. Resumindo, a Fender moldou os estilos da música moderna por mais de meio século. É um legado sem comparação, o qual merece ser celebrado.
No final dos anos 1960, a maioria dos músicos tocava guitarras Fender - Os Beatles (menos usadas que suas outras guitarras), Jimi Hendrix, The Who. Nos anos 1970, Eric Clapton, Mark Knopfler e incontáveis outros gravaram o rugido Fender ainda mais profundamente na consciência coletiva. A fusão de jazz, country, rock e blues alcançou novos níveis e encontrou uma base comum no som de Leo Fender. Bandas New Wave e Punk também foram "fenderizadas". Colecionadores apreciaram como os corpos maciços mudaram a história da música. Admiradas e tocadas no mundo todo, as guitarras Fender contribuíram para a globalização dos valores culturais ocidentais, especialmente nos países comunistas do leste Europeu. O escritor Jim Washburn chegou até a sugerir que as guitarras Fender fizeram mais para enfraquecer a cortina de ferro que os mísseis intercontinentais.

História

No início década de 1930, o texano Leo Fender descobriu como aprimorar o som dos instrumentos amplificados: Produzir instrumentos de corpo sólido. A idéia simples e inovadora poderia se tornar rentável, caso entrasse em linha de produção.
Antes de trabalhar com guitarras elétricas, Fender trabalhou com rádios e fonógrafos. Em 1944, ele e o músico/inventor Doc Kaufmann patentearam o captador montado em um corpo sólido único. Esta coisa crua, impossível de se tocar, parecia no máximo um projeto de feira escolar de ciências, mas resultou na quase sociedade chamada K&F (Kaufmann & Fender) Manufacturing. K&F fabricou guitarras elétricas e amplificadores em um barracão nos fundos da loja de rádios de Fender na região central de Fullerton, Califórnia. Kauffmann uma vez disse, "Sim, eu ajudei Leo a começar um negócio de US$234 milhões!"


Alcançando o sucesso

Amparado pelo sucesso da K&F, Fender viu sua chance de ultrapassar as outras empresas de guitarra ser eliminada do mercado musical pela Segunda Guerra Mundial. Kauffmann estava um pouco desconfiado e desistiu no início de 1946, um ato que levou à mais importante virada desta história. Leo fundou então a Fender Manufacturing Company, que logo tornou-se a Fender Electric Instrument Company. Em 3 de maio de 1946 ele obteve a licença de edificação nº 5484 na prefeitura de Fullerton, e construiu dois edifícios com estrutura de aço com paredes de metal corrugado --- um lugar para tocar o negócio a sério. Em 1947 a linha Fender incluía os lendários amplificadores com gabinete de madeira e guitarras de madeira dura. Embora a operação tenha patinado nestes primeiros meses, ela logo embarcou na onda de prosperidade que se seguiu à guerra. Don Randall, que trabalhava para o distribuidor de Fender (The Radio and Television Equipment Company, ou Radio-Tel, de F.C. Hall), cuidava das vendas. Em fins de 1940 muitos músicos consideravam Fender como o principal inovador em projetos de instrumentos, e a empresa obteve endosso das maiores bandas de swing do oeste e dos melhores guitarristas da época.
Fender começou a trabalhar no item mais óbvio de seu catálogo - uma guitarra de corpo sólido - em 1949. Há muitos relatos confusos sobre o que aconteceu depois, mas é suficiente dizer que George Fullerton, o gerente de produção da fábrica na época, ajudou a fazer o protótipo. Logo uma segunda peça foi completada. A Radio Tel introduziu a Esquire de um único captador em abril de 1950, antes que a fábrica estivesse pronta para produzi-la em quantidade, e antes que o projeto final tivesse sido definido. Complicando ainda mais as coisas, Leo também planejava um modelo Esquire com dois captadores. Enquanto isso, Randall se ocupava em controlar os danos causados pelo acúmulo de pedidos não atendidos.



Fender necessitava de mais espaço para trabalhar, e acrescentou uma ala em concreto à sua fábrica em maio de 1950. Adquiriu também máquinas-ferramenta adicionais, necessárias à produção de guitarras, começando uma produção limitada no verão daquele ano. Mas Randall temia que os braços, sem um reforço, pudessem empenar, e implorou a Leo que resolvesse o problema antes de embarcar mais instrumentos. Após vários meses de atraso, Leo projetou uma barra de tensão de reforço. Em novembro a guitarra com dois captadores entrou em produção plena como o modelo Broadcaster, surgindo pela primeira vez em uma lista de preços de dezembro de 1950. A fábrica produziu o modelo até a terceira semana de fevereiro de 1951, quando Randall abandonou o nome devido a um pedido da Gretsch (que produzia as baterias e banjos Broadkaster). Em alguns dias a Broadcaster tornou-se a Telecaster. (A Esquire de um único captador entrou em produção plena, com
tensor no braço, em janeiro de 1951.)
Depois que Fender introduziu suas guitarras padrão, ele inventou o Fender Precision Bass, outro marco no projeto de instrumentos musicais. Mais do que simplesmente um novo modelo, ele personificava uma nova classe de instrumento: um baixo totalmente elétrico, com trastes, empunhado e tocado como uma guitarra, livrando os baixistas de seus baixos acústicos, que eram difíceis de se ouvir em orquestras e shows. Outros fabricantes agarraram a idéia e fizeram instrumentos similares, mas o P-Bass, em suas várias encarnações, e o Jazz Bass que se seguiu iriam tornar-se os baixos elétricos mais populares jamais feitos. A excitação que criaram entre grandes músicos como Lionel Hampton e Monk Montgomery ajudaram Fender a entrar ainda mais profundamente nos domínios do jazz e da música popular. Em 1953, Fender, Randall, Hall e o vendedor Charlie Hayes formaram a Fender Sales, Inc., que substituiu a Radio Tel na comercialização das Fenders. A fábrica foi transferida para instalações maiores, três novos edifícios na S. Raymond Avenue, 500, em Fullerton. Leo concentrou-se na introdução da Stratocaster, um modelo mais luxuoso, necessário para competir com Gibson e Gretsch. Ela estava destinada a tornar-se a guitarra elétrica mais aclamada pelos músicos, a primeira a ser projetada tendo em mente o conforto do músico e a facilidade de execução. Seu vibrato embutido colocou um som brilhante (e um bombardeiro de mergulho) nas pontas dos dedos dos músicos. Em carta escrita em abril de 1954, Randall prometia embarcar as primeiras Stratocasters em 15 de maio.
Leo contratou Forrest White, um engenheiro industrial de que a empresa necessitava desesperadamente, em 20 de maio de 1954. Ele lidava com a maioria das operações rotineiras da fábrica, incluindo a expansão durante o período de crescimento mais rápido da Fender. Em 1958, a empresa tinha 9 edifícios, 29 em 1964. Apesar de um começo tosco e atribulado, ela emergiu como um modelo para a indústria. Fender fez violinos elétricos, steels, bandolins, e amplificadores lendários. A guitarra Jazzmaster, introduzida em 1958, mudou poucas mentes nos círculos de jazz, mas abriu seu próprio caminho no seio de uma subcultura musical adolescente, causando furor entre bandas que imitavam Dick Dale e The Ventures. Modelos adicionais de guitarras dos anos 1960 eventualmente incluíram a Jaguar, a Mustang, Electric-XII (guitarra elétrica de 12 cordas), Bass VI, e instrumentos acústicos. Fender queria satisfazer as necessidades dos músicos e dos revendedores de música, mesmo que isto significasse fazer algumas guitarras com apelo limitado.Vários guitarristas utilizam guitarras Fenders,Como David Gilmour,Eric Clapton, Jeff Beck, Mark Knopfler, Ritchie Blackmore, Richie Sambora, Dave Murray, Jimi Hendrix, Muddy Waters, Buddy Guy, Yngwie Malmsteen, Eric Johnson, Stevie Ray Vaughan


A venda da Fender

A Fender foi, de longe, a mais importante formadora de tendências no início dos anos 1960; entretanto, Leo preocupava-se com a possibilidade de a tecnologia do transistor tirá-lo do negócio. Ele também sofria de uma persistente infecção que minava suas energias. Por volta do começo dos anos 1960, o inventor decidiu vender a empresa. Randall e Fender que haviam se tornado os únicos sócios em 1955 fizeram um acordo com a CBS por $13 milhões, efetivo em 5 de janeiro de 1965. Essa fase da fábrica duraria exatos 20 anos.
A CBS-Fender continuou a crescer implacavelmente à medida que a guitarra tornou-se uma instituição. Em 1979, vendeu mais de 40.000 instrumentos por ano, mas não sem problemas. Cópias, e principalmente as crescentes importações do Japão, minaram os lucros da corporação. Os Estados Unidos entraram em uma recessão, e o interesse por guitarras diminuiu; os adolescentes preferiam comprar vídeo games. No princípio dos anos 1980 a CBS percebeu que a Fender necessitava de reparos, e recrutou uma nova equipe de gerenciamento. William Schultz tornou-se presidente da Fender. Em 1982, a empresa retornou aos modelos originais torneados por Leo, pré - CBS, e começou a fazer reedições vintage baseadas nas especificações originais. Schultz embarcou em um programa de modernização muito necessário, embora tardio. Ainda assim, os lucros caíram. O trabalho continuou na fábrica de Fullerton onde o emprego havia caído de um pico histórico de 1.100 empregados para 90. Em 1984 a CBS decidiu vender a empresa, e um grupo de investidores liderado por Schultz comprou o nome e a distribuição por US$12,5 milhões em março de 1985.
A Fender logo abriu uma oficina em Corona, Califórnia, e concentrou-se na qualidade, em vez da quantidade. Introduziu os modelos American Standard: primeiro a Stratocaster e depois a Telecaster. A imagem da Fender, obscurecida pela CBS, voltou a brilhar. Quando a nova fábrica aumentou sua capacidade, as taxas de câmbio favoreciam as exportações de produtos feitos nos Estados Unidos. Em uma notável virada, o negócio prosperou como uma fênix renascida das cinzas. O que começara como uma área de 4.200 m² dedicada a guitarras em 1985, tornou-se uma instalação de 24.000 m² em 1990. Outra fábrica foi acrescentada no México. Mais importante, toda a empresa, incluindo a Custom Shop (que produz instrumentos limitados, exclusivos e mais caros), recém estabelecida, começou a determinar novos padrões para a indústria. A primeira metade dos anos 1990 trouxe novos modelos de guitarra, uma Custom Shop expandida, e a Custom Amp Shop. A empresa é antiga, mas certamente não está cansada!

As mais famosas.


FENDER TELECASTER: Primeiro instrumento da Fender a atingir grande público, a Telecaster possui timbre bastante cru e caracteristico de single-coils. Muitas vezes, acaba sofrendo algumas mutações, como a substituição do captador do braço por um humbucking, como na guitarra ultilizada pelo ícone do rock and roll Keith Richards. Emblemática, a Tele esteve sempre associada a algo revolucionário ou rebelde, como o The Clash, por exemplo. Continua em alta até hoje, usada por bandas como Radiohead.

Obs:Aqueles que me conhecem, sabem que é meu sonho de consumo.



FENDER STRATOCASTER: Sem dúvida, o maior sucesso da Fender. Uma guitarra que abriu novos caminhos em termos de desing e recursos sonoros, como seu genial sistema de trêmolo, explorado com maestria e consagrado graças a Jimi Hendrix. Virtuoses e bluseiros lendários realizaram sua jornada com uma strato. Nunca saiu ou sairá de moda. Associada a super-heróis da guitarra como Steve Ray Vaughan, Eric Clapton, Jeff Beck, Ritchie Blackmore, Yngwie Malmsteen e Dave Murray. Precisa dizer mais?



FENDER JAZZMASTER: Representou uma retomada da fender em termos de inovações de desing e opções sonoras. Timbre bem cheio e diferenciado, graças a capta semelhantes a um P-90. Tal timbre, somado à alavanca de efeito bastante suave, foi peça chave na sonoridade da surf-music.



FENDER JAGUAR: A Jaguar deve ter sido idealizada para ser a evolução da Stratocaster. Tinha escala mais curta e um complexo esquema elétrico. Mas nunca conseguiu superar a strato em popularidade e genialidade. Virou febre nos tempos da surf music, saiu de cena por um bom tempo e mostrou décadas depois, ser capaz de ficar furiosa com a simples instalação de humbuckers.



FENDER MUSTANG: Em uma guitarra bem básica, de nível iniciante, dericada da Duo-Sonic. Despresada durante décadas, alcançou enorme popularidade nos anos 1990, por muito ultilizada por bandas do movimento Grunge/Alternativo. Permance viva, mais acabou doando parte de seu DNA para a Jagstang, concebida por Kurt Cobain (Nirvana).


FENDER TELECASTER CUSTOM/THINLINE: Por possuir humbuckings, os famosos “Full Range”, a Tele Thinline representou uma grande inovação na linha da Fender. Fez enorme sucesso graças ao seu timbre bastante cheio ao mesmo tempo brilhante e estalado. Conquistou a devoção de Keith Richards, que desde seu lançamento não desgrudou de sua Custom. É muito ultilizada atualmente por bandas de pop rock, como o Coldplay.



"Curtam o maior de todos os tempos empunhando uma Fender"