segunda-feira, 7 de março de 2011

Dicas de palco com Marcelo Barbosa

Aos 17 anos o talentoso guitarrista já lecionava em duas escolas e tocava na noite acompanhando cantores. Desde que ouvi seu som pela primeira vez, fiquei impressionado com sua técnica extremamente limpa e precisa.
Participou das bandas Zero 10, Khallice e do projeto Guitarras do Cerrado. Hoje Marcelo integra o time da banda ALMAH, que é o projeto solo de Edu Falaschi, vocalista do Angra.
Com a ideia de ter sua própria escola, em 1996 Marcelo fundou o GTR, instituto especializado em guitarra. Ele mesmo escreveu todo o material didático da escola. Nesta entrevista, Marcelo revela segredos para realizar uma boa performance ao vivo e conta algumas experiências.

Um material que é importante tanto para o guitarrista já integrado ao mundo da música quanto para aqueles que estão começando e que sentem aquele frio na barriga mesmo quando vão tocar para a família no aniversário do priminho pentelho.

Como você se prepara antes de uma apresentação?

Gosto de estar seguro de que farei uma boa performance. Costumo ensaiar bastante, tanto com a banda quanto com o meu computador, pois isso me ajuda a ter segurança e tranquilidade na hora de tocar. Além disso, checo meu equipamento e guitarras, para ter a certeza de que tudo funcionará perfeitamente. Mesmo assim, às vezes rolam alguns imprevistos.

Você costuma fazer exercícios específicos de alongamento?

Sempre que possível me aqueço e faço alongamento. Gosto de aquecer minha palhetada e minha mão esquerda. Não tenho nenhum exercício específico, fico tocando cromatismos e fazendo vibratos com a mão esquerda. Faço isso durante cerca de 40 minutos.

Quais cuidados você tem em relação aos equipamentos?

Costumo checar todo meu equipamento para ter certeza que esta tudo funcionando perfeitamente. testo cabos, jacks, fontes e sempre levo cabos e cordas reservas. nunca uso cabos que não estejam em perfeitas condições de funcionamento. Odeio mal contato! Confiro regularmente a entonação das minhas guitarras.

O que você procura observar durante a passagem de som?

Gosto de ter a ideia de como tudo vai soar. Durante a passagem de som, vejo em que volume meu amp tem que estar no palco, para que o som fique confortável para mim. Com esses detalhes, evito surpresas desagradáveis na hora do show. Gosto de ouvir os outros instrumentos para poder interagir com eles e improvisar muito.

Com que frequência você troca as cordas de sua guitarra?

Uso cordas Elixir, que tem grande durabilidade. Mesmo assim, não costumo ficar muita mais de um mês com cada encordoamento. Outras cordas não passam de três semanas, pois toco muitas horas por dia. Gosto do som cheio e brilhante que cordas novas oferecem e da segurança que elas passam. É muito difícil uma corda minha quebrar durante um show. Corda nova quase não quebra.

O que você faz para controlar o nervosismo antes de show?

Hoje em dia quase nunca fico nervoso, apenas uma vez ou outra, não sei por quê. Quando isso acontece, costumo respirar fundo e pensar em toda minha dedicação e preparação. Tento não pensar no que está para acontecer e procuro curtir o momento. O mais importante é você se divertir enquanto toca. Quando isso acontece, o nervosismo vai embora.

Que dica você daria para realizar uma boa performance ao vivo?

Para estar bem preparado, não basta apenas estar bem ensaiado com a banda, você deve também ter uma boa rotina de estudo do seu instrumento. Quando estamos com tudo "na ponta dos dedos", a apresentação fica mais tranquila. Manter a cabeça fresca é fundamental. Faça o seu som sem se preocupar com nada além de emocionar a plateia e a si mesmo.

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