quarta-feira, 15 de junho de 2011

O mundo dos efeitos - Parte 5

REVERB:

Efeito irmão do delay, a diferença está que ao invés de se ter uma única reflexão "indo e voltando" da origem sonora ao obstáculo, agora o reverb apresenta várias reflexões com vários tempos de atrasos diferentes, pois temos que imaginar vários obstáculos, uma mais perto outro mais longe e a reflexão do obstáculo mais próximo é mais rápido do que o que está mais longe..

Numa sala de concerto, o som que espectador ouve contém tanto o som original
produzido pela fonte (voz, instrumento acústico, sistema de sonorização, etc)
quanto às milhares de reflexões desse som original, que bate no chão, paredes e
teto, até chegar aos ouvidos, com um pequeno atraso. Essas reflexões são como milhares de ecos do sinal direto que, devido à sua grande quantidade, não são perecebidas exatamente como ecos, mas sim como "reverberação". Baseados na reflexividade de um ambiente podemos distinguir os materiais de que ele é composto. Em salas grandes com paredes elevadas de tijolo a reverberação
geralmente é muito pesada e precisa de algum tempo até cessar. Já uma sala
pequena, com muitos objetos dentro, possui uma reverberação muito pequena, em
geral nem percebida como tal. Entretanto, essa pequena reverberação de fato
existe, e por essa a razão é que os projetistas de processadores de efeitos
incluirem vários tipos básicos de reverberações, dando a eles nomes de tipos
diferentes de "salas".



É muito natural, por exemplo, que uma programação de reverb chamada "Catedral" produza uma reverberação longa e muito densa, enquanto uma programação chamada de "Room" represente a acústica de uma sala muito menor. As primeiras unidades foram os reverbs de mola e de placa.
Um reverb de placa é composto de uma placa fina de aço ou outro metal resistente
coberto com liga de ouro, que é posto a vibrar pelo sinal a ser processado (reverberado). Em outro ponto da placa o sinal é captado por um transdutor e então adicionado ao sinal original.
O reverb de mola usa o mesmo principio, mas o som reverberado possui uma
qualidade inferior ao do sistema com placa. Sinais com muita dinâmica, como
bateria, sofrem uma compressão alta quando reproduzidos num reverb de mola. Hoje os processadores de efeito conseguem emular qualquer tamanho de sala com
superfícies distintas. Resumindo, o tipos de reverbs são Plate (sala pequena
com superfícies muito reflexivas), Room (sala de porte médio – tem a intenção de
soar um ambiente caseiro comum), Hall (sala de grande porte, ambientes amplos – som de Catedral), Chamber Hall (câmaras de concerto) e finalmente o usados por
guitarristas, o Spring (reverb de mola dos amplis de guitarra).

Os botões de regulagens que geralmente compõem essas unidades são:
Reverb type – seleciona o tipo de sala a ser escolhida;
Decay / Time – controle de duração do reverb até não ter nenhuma reflexão soando; Mix – controla a mistura do som reverberado com o som original;
Diffusion – controle de densidade das reflexões;
Pré-Delay – controle de tempo para que o som comece a reverberar



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