sábado, 8 de janeiro de 2011

Led Zeppelin I

Ontem a noite estava procurando uma música ou músico que me inspirasse a escrever o post de hoje. Como me propus a postar dia-sim-dia-não, me vi sem idéias sobre o que falar nesse dia. Minha idéia era continuar a série sobre guitarristas brasileiros, mais depois de me deparar ouvindo BABY I'M GONNA LEAVE YOU fui "obrigado" a mudar o rumo de minhas linhas.
Uma das mais importantes bandas do rock e também uma das mais influentes, esse é o Led Zeppelin, com sua mistura de blues e rock que conquistou milhares de fãs em todo mundo.
Quando John Lennon ouviu os solos do disco de estréia do Led afirmou que nunca pensou ser possível uma guitarra elétrica soar daquela forma.

Page era um estudante de artes como a maioria de seus contemporâneos, apaixonou-se pelo rock, blues e guitarra, dedicando-se de corpo e alma ao seu desenvolvimento como instrumentista. Não demorou para que seu professor, o guitarrista Big Jim Sullivan (consagrado músico de estúdio) apostasse no jovem Jimmy, apresentando-o ao cenário das gravações de Londres nos anos 1960. Page se transformou assim em um dos principais guitarristas de estúdio da época. Dentre tantos trabalhos, Jimmy participou da explosiva I can't explain do The Who.
Cansado da rotina de estúdio, Page aceitou preencher a vaga de baixista no Yardbirds (banda que contaremos a história em breve aqui no ATG) no final dos anos 60.
Naturalmente, não demorou para que ele assumisse a guitarra, fazendo um dos duetos mais explosivos da história do rock, com o seu amigo de infância Jeff Beck (esta histórica formação ficou imortalizada no filme Blow-Up de Michelangelo Antoninini).

A banda implodiria logo após o filme por causa de estresse generalizado e conflito de egos.
Os restos mortais da banda sobraram nas mãos de Page e o então empresário Giorgio Gomelski, que tiveram de cumprir datas com o nome The New Yardbirds.
Jimmy conheceu John Paul Jones, durante a gravação do ultimo albúm do Yardbirds. Jones sabendo que Page estava com um novo projeto, se mostrou interessado em participar, mas as conversas não foram pra frente, pois o Yardbirds ainda estava ativo. Com a saída de Jeith Relf e James McCarty, Page ainda com o baixista Chris Dreja saiu à procura de novos músicos para cumprirem com os contratos já assinados anteriormente, para isso precisaria de um novo vocalista e baterista.
Jimmy foi indicado por Terry Reid, que fez alguns shows com eles nesse período a entrar em contato com Robert Plant, que na época era vocalista de um grupo chamado Hobbstureble.
Depois de ouvir Plant cantando, Page o convidou para entrar na banda, era agosto de 1968, mesmo mês que Chris Dreja resolveu sair do novo projeto. Quem entra em cena? John Paul Jones.
Plant aproveitando que a banda ainda não tinha um baterista, recomendou a Page que conhecesse o trabalho de seu amigo de uma banda antiga. John Boham estava sendo disputado por várias bandas, mais resolveu aceitar o convite de Page graças a boa oferta em dinheiro.
Em outubro de 1968 entraram em estúdio já como Led Zeppelin, assinaram com a Atlantic Records e lançaram LED ZEPPELIN I no começo de janeiro de 1969.

A experiência de Page em estúdio se refletiu na maneira como arranjou e registrou as linhas de guitarra, sabendo combinar timbres matadores com o peso e a força da cozinha de John Bonham e John Paul Jones. em Led Zeppelin I, momentos acústicos inspirados na música celta tradicional
(Baby i'm Gonna Leave You) convivem com guitarras ferozes, solos virtuosos e alguns riffs mais célebres da história da guitarra.

Os patterns pentatônicos tercinados do solo de Good Times Bad Times se tornariam parte obrigatória do vocabulário de todo guitarrista de rock, mostrando que o pensamento escalar em solos seria, a partir de então, um dos caminhos aos aspirantes a virtuose.
Jimmy Page sabia como poucos timbrar sua guitarra por intermédio de vários truques de ambientação e microfonação, que também passaram a ser referência na gravação de guitarras rock. O curioso é que Page posteriormente foi associado à sua famosa Gibson Les Paul Sunburst, mas a estréia do Led Zeppelin e outros momentos marcantes da banda (como o solo de Stairway to Heaven) foram registrados com uma Fender Telecaster - que Page ganhou de presente de Jeff Beck - plugada em amplificadores de pequeno porte, como Vox e Supro, ao contrário dos famosos stacks Marshall e Orange usados por Page ao vivo.
Tirar as músicas e entender os conceitos de produção e arranjo de Led Zeppelin I constituem em uma aula sem precedentes. Alguns dos principais nomes da guitarra brasileira, como Mozart Mello, Faiska e Wander Taffo, consideram a audição desse disco um divisor de águas em suas vidas.

Um comentário:

  1. Pow cara gostei muito oque voce disse de Page,sou muito fã de led Zeppelin princilpamente de Robert Plnat!

    ResponderExcluir