quarta-feira, 11 de maio de 2011

Teste - Jackson Adrian Smith Signature

A um tempo atrás criei uma enquete no blog com a seguinte pergunta: Uma guitarra signature vale a pena? A resposta mais votada foi a que dizie que valia sim a pena, pois as guitas signatures já vem bem equipadas de fábrica e na maioria das vezes tem um visual muito interessante.
Particularmente gosto de guitarras signature, porém, nenhum instrumento me chamou tanto a atenção quanto a Jackson Adrian Smith.
Nunca "me encontrei" com esse modelo, mas nosso "camarada" Jaques Molina fez um review muito legal sobre ela, e hoje quero compartilhar com meus camaradas do ATG.

Adrian Smith e Dave Murray se completam desde os tempos do álbum Killers (próxima resenha do ATG), justamente por terem personalidade e estilos bem distintos entre sí, algo nitidamente expresso em suas guitarras. Enquanto Murray sempre era visto única e exclusivamente com sua Fender Stratocaster, Smith fazia questão de estar sempre experimentando algo diferente. Podia ser visto com uma Gibson LesPaul, algumas Ibanez com o formato semelhante às Explorer ou ainda alguma outra marca diferente, como a Lado. O lance dele sempre foi inovar em matéria de guitarras. A Jackson sempre teve esse profundo desejo de inovação em seus modelos, e o espírito inovador de ambos casou perfeitamente. A Jackson Adrian Smith talvez seja a guitarra da marca que menos pareça com uma jackson típica. Talvez por causa do headstock estilo Fender, que faz com que seja mais semelhante a uma Charvel. Mas trata-se de uma Jackson exclusiva, com tudo que a marca possui de melhor em termo de performance e construção.

A Jackson Adrian Smith é derivada do modelo Dinky San Dimas. Possúi corpo de alder idêntico ao de uma Stratocaster, com escudo, mas com o jack de saída situado na lateral. A guitarra do teste situado na lateral. A guitarra do teste era branca com escudo branco de uma camada, combinação relativa à versão com escala de ébano (existe outra versão com o escudo preto e escala de maple). Apresenta todos os componentes pretos, inclusÍve os pickups. Na ponte, ela tem um DiMarzio Super Distorcion (F-spaced). No meio e no braço, dois Fender Samarium Cobalt Noiseless. Conta com trêmulo Floyd Rose original, instalado quase rente ao corpo, e tarraxas Gotoh. Tem apenas dosi knobs (um de volume e outro de tonalidade) e chave de cinco posições. O braço é de maple, com tensor colocado pela parte de trás, como se fosse um braço de uma peça de maple, apesar da escala de ébano com 22 trastes jumbo. A escala é bastante plana, como não poderia deixar de ser em uma Jackson, e as marcações de bolinha são de abalone. O braço tem shape bem achatado e confortável, principalmente para quem apoia o polegar na parte de trás do braço, e possui um empecáveal acabamento acetinado, em um contraste bem interessante com o verniz aplicado na parte frontal do headstock, que apresenta um enorme logo Jackson em preto e a assinatura de Adrian Smith na extremidade. O detalhe mais marcante é o acabamento conferido às laterais da escala, realmente fantástico, pois a quina da escala é microscópicamente arredondada de maneira extremamente perfeita e high-tech, causando a sensação de que é um braço bem amaciado, como se tivesse sido utilizado por 30 anos. É sensacional! Nem precisaria falar do acabamento geral dos trastes, que é impecável. O modelo vem acondicionado em um case retangular de fibre com um enorme logo Jackson.

A escala de ébano talvez seja responsável pelo brilho incrível de seus sons, sempre somando a um calor interessante de médios e graves. O DiMarzio Super Distorcion é o pickup oficial de ponte de ambos os guitarristas, ou seja, peso e punch garantidos, mas na Jackson ele assume um som um pouco mais grave, mais igualmente cortante. Os Pickups Fender SCN são muito legais também, pois conseguem conviver sem problemas com as mesmas doses de drive utilizadas com o Super Distorcion. Para timbres clean, quase sempre a cargo de Adrian Smith nas músicas do Maiden, os SCN reinam absolutos, com brilho e ataque quase idênticos aos de single-coils convencionais, e zero chiado. O single do meio é um tanto supérfluo, principalmente em uma guitarra para metal, mas o braço produz um timbre maravilhoso para solos um pouco mais bluseiros. Mas essa guitarra é uma arma afiadíssima de metal, nunca se esqueça disso.





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