Primeiramente, quero agradecer todos aqueles que estão acompanhando nosso blog. Sempre que acesso a página, me surpreendo com a quantidade de visitas que o ATG está alcançando. E isso só aumenta a vontade de trazer mais e mais matérias legais para nossos companheiros das seis-cordas.
Segundamente, rsrs, como nesse fim de semana fiquei impossibilitado de postar algo novo, iremos falar não de um, mais de dois dos melhores álbuns lançados em 1967.
Ainda estamos em fevereiro de 1967, e falaremos de uma das mais importantes e influentes bandas da década em questão.
Antes de tentar superar todos o psicodélicos com Their Satanic Mejesties Request, os Stones lançaram Between the Buttons, um álbum que mostra Keith Richards e os outros Stones remodelando suas antigas influências de R&B. Gravado em Los Angeles, no RCA Studios, e em Londres , no Pye Studios, Between the Buttons traz alguns dos timbres mais pungentes de Keith.
Miss Amanda Jones revela a influência de Chuck Berry em Richards. Em Please Go Home, Richards não apenas imita o groove como também reproduz o timbre de Bo Diddley, com um trêmulo modulado e pulsante. Com sua mistura de blues turbinado e pop (a versão americana do disco traz Let's Spend the Night Together e Ruby Tuesday), Between the Buttons é um álbum essencial.
Março de 1967.
O Velvet Underground - com o guitarrista-solo/vocalista Lou Reed e o guitarrista rítmico Sterling Morrison - compunha canções sobre temas radicais demais para as rádios, como sadomasoquismo, uso de drogas pesadas e excessos em geral. Esse eram assuntos que assustavam as gravadoras na época, mas graças em grande parte ao apoio moral, financeiro e artístico de Andy Warhol e seu Exploding Plastic Inevitable, The Velvet Underground and Nico chegou ao vinil.
Importância sociológica à parte, o peso musical desse disco reside no fato que Reed e companhia também estavam ampliando fronteiras sonoras, combinando a simplicidade do rock de garagem com domínio de ninâmica, timbres dissonantes, ritmos quebrados e afinações incomuns (ouça a afinação e D de All Tommorrow's Parties). As canções variam das melódicas Sunday Morning e I'II Be Your Mirror ao assalto auditivo frenético e as vezes brutal de Heroin e European Son. Morrison alternou entre
um Gibson SG do começo dos anos 60 e uma Gretsch Tennessean na maioria das 11 faixas, mas mudou para uma Vox Phantom VI em Femme Fatale e Run Run Run. Reed tocou com uma Gretsch Country Gentleman com delay e efeito de trêmolo. Ambos usaram amplificadores Vox Super Beatle. Tente achar uma banda indie, punk, pós-punk, plan ou noise que não tenha sido influenciada por esse disco.
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