Quando se é jovem, o que mais atrai não é a qualidade, ou o custo-benefício, mais sim o aspecto visual e também como eu costumo chamar, a famosa "modinha".
Na ocasião, o "piá" não tinha muita grana para investir e partimos em busca de algo mais acessível. Sugerimos desde Tagimas strato, até Condors que estavam em um preço agradável, mais Stratos definitivamente não estavam nos planos do muleque, o carinha estava disposto a adiquirir algo, na sua visão, "diferente". Testamos duas guitarras, uma Tagima PR 100 - que por sinal, foi a guitarra que o Guilherme escolheu - e uma guitarra que com certeza se eu tivesse um cash a mais no dia teria levado para casa.
A guitarra em questão era uma Condor CPR Pro II, uma "delícia" de instrumento.
Já se foi a época em que guitarras de braço colado eram mais caras do que instrumentos de braço parafusado. A colagem do braço requer cálculos precisos e um trabalho minucioso. Além da ultilização de madeiras nobres, essa técnica de construção tem sido, por décadas, o referencial das empresas como Gibson e PRS, que encabeçam o hieranquia do mercado.
O sistema CNC agilizou a produção em massa e simplificou a tecnologia de manufatura dos instrumentos. Hoje em dia, é possível encontrar guitarras com braço colado a preços populares, construídas com madeiras alternativas de qualidade. Esse é o caso da Condor CPR Pro II, que possui vibe de instrumento de grife.
A CPR é confeccionada em mogno com tampo figurado de maple. O tampo frontal é arqueado e apresenta frisos nas extremidades. O desenho do corpo é assimétrico, com cutaway duplo. A guitarra apresenta espessura de 45mm na parte central. Os shapes traseiros do instrumento propiciam conforto. O tampo frontal de maple possui espessura fina, e o efeito visual dos veios rebuscados do maple é chamativo.
O braço colado de mogno apreseta um contorno em "C" com pegada de fácil assimilação e execelente tocabilidade. O acesso às casas agudas é execelente.
A escala de rosewwod indiano agrega 22 trastes jumbo bem polidos e nivelados de forma correta. Os marcadores são no formato de trapézio e a medida da escala é de 24,8". O friso lateral do braço foi colocado com perfeição, e o ajuste de fabrica esav bem executado.
Os controle da guitarra consistem em dois botões de volume e um potenciômetro de tonalidade. A chave seletora dos captadores é de três posições e o jack de saída está posicionado na lateral inferior do corpo.
Os dois captadores são hambuckers cerâmicos de ganho moderado com capas douradas. As tarraxas são blindadas e estão na disposição 3x3. A ponte é do tipo Tune-o-matic e o cordal de fixação do encordoamento é do tipo stop tail.
A ação das cordas estava baixa. A regulagem de entonação estava correta e as tarraxas mantiveram e estabilidade da afinação.
O timbre limpo da guitarra é doce e recheado de médios. O captador da ponte ataca com médio-agudos pulsantes. A posição intermediária da chave de seleção produz sons diversos (os dois botões de volume aumentam a gama de timbres) para bases e solos.
O cap. do braço possui um espectro tonal quente e bluseiro - o tempero certo para despejar fraseados desleixados de blues e rock. Bastou adicionar um pouco de reverb, um leve chorus e u delay em tempo curto para obter um som de fusion moderno.
As soniridades clares dessa guitarra são vigorosas. Para obter um timbre cristalino e pontiagudo, uma chave para defasar os humbuckers seria interessante.
No território das distorções, a CPR ofereceu umapersonalidade forte para incrementar estilos de pop e metal e hard rock. Ajustando o pedal de distorção próximo a um Fuzz, é possível é possível invadir a praia do hardcore e punk.
Video Felipe Rinke - Excente guitarrista!
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