quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista - Alice Cooper

Depois de acordar 5 horas da matina e vir trampar num frio de rachar, tive uma grata surpresa. Muitos já devem saber que Mr. Alice Cooper irá se apresentar no Credicard Hall dia 02 do próximo mês, e devido a esse acontecimento, Alice consedeu uma entrevista por telefône ao reporter Jotabê Medeiros, e o jornal O Estado de São Paulo, para minha felicidade, publicou a mesma na edição de hoje (18/05/2011).

"ALICE NO PAÍS DE PINDORAMA"

Figuraça do hard rock que plantou no gênero as bases de uma cultura teatral, performática, ele é um percursor dos concertos do tipo rock horror show - sangue falso, cobras gigantes de verdade, pirotecnia, maquiagem, susto.

"Sou uma caricatura, como Anthony Hopkins quando vira Hannibal Lecter. Nos dias normais, não sou Alice Cooper. Só quando faço discos e estou no palco", diferencia. "Tenho 63 anos, ninguém me diz o que fazer ou que direção seguir, mas estou sempre interessado em feedback, sempre atento ao que meus fãs estão pensando", diz Alice falando ao Estado na segunda.
Quando você vê esses shows teatrais, como Rob Zombie e Marilym Manson, o que pensa?
Rob Zombie, Marilyn Manson, Slipkinot, gosto de todos. Eu os chamo de "meus filhos desobedientes". Não tenho o menor sentimento de competição, porque nós somos como os Rolling Stones dessa corrente - fomos influêntes e ainda somos.
Houve duas tragédias entre integrantes da banda Slipknot. Muita gente associa isso ao tipo de visualidade violenta que ultilizam. O que você acha?
É tudo de brincadeira, como um filme de terror. E, assim, como nos filmes de terror, você sabe que aquilo não vai te machucar, mas ao mesmo tempo ninguém sabe até que ponto aquilo pode estimular algo soturno. No caso de Slipknot, duas tragédias aconteceram, teve um integrante morto por abuso de drogas (o baixista Paul Gray, em 2010). Sempre digo o seguinte: se você está numa banda, não pode ter caras que usam drogas, não vai funcionar. O rock'n'roll já foi traído por isso. Os caras que tocam comigo tomam uma cervejinha, tomam seu vinho, mas não tomam droga. Quando alguém morre é que você se da conta da insanidade.
Voce já foi alcoólatra, não?
Sim, mas já estou há 30 anos sem tomar um trago. É assim com todo mundo. Mesmo Keith Richards teve de parar um dia. Quem o conheceu naqueles dias, não acredita que ainda esteja vivo.
Você conhece a história de como Johnny Rotten, dos Sex Pistols, começou fazendo uma imitação de Alice Cooper?
Claro, ele mesmo me contou. Disse que tinha 18 anos na época, e ia pelos metrôs de Londres cantando minhas músicas, ele e Syd Vicious, disse que adorava cantar I Love the dead, e que foi o que lhe ocorreu cantar na audição. Ele foi aprovado, e passou a integrar o grupo. Não acho que eu influenciei o punk rock. o rock'n'roll é uma mistura, e os seus protagonistas se destacam pela atitude.
Dizem que você se tornou Cristão. É verdade?
Sim, é verdade Eu sigo o Cristianismo porque é a única religião que fala à minha alma, e não ao intelecto. Vou à igreja de vez em quando. Não sou um frequentador assíduo porque há muitas igrejas nas quais eles te julgam por estar em uma banda de rock. Mas a minha relação com Jesus é a mesma quando eu toco guitarra e canto: é de sinceridade e entrega.
Você entrou para o Hall da Fama do Rock'n'Roll. Qual foi o significado daquilo pra você?
Foi como uma formatura. Quando você vê que, ao seu lado, estão Paul McCartney, Jeff Beck, Pete Townshend, Elton John, você sabe qua concluiu o curso. No começo, eles eram os professores, eram caras que eu idolatrava quando era um garoto, e agora eu estava me juntando a eles como professor.
O que Alice Cooper, o personagem, pensa da política?
Tento me manter longe da política. Me divirto fazendo os outros se divertirem, é o meu negócio. É a fonte da minha emoção. Os roqueiros podem fazer coisas inteligentes e também estúpidas, assim como os políticos.
Como está o show atual da banda de Alice Cooper?
Mais pesado que nunca. Estamos com três guitarristas agora. Fomos fazer um porção de shows na Inglaterra, ao lado de bandas de metal, como o Iron Maiden. encorpamos o som.
Você é golfista profissional. O que pensa do que ocorreu com Tiger Woods?
Se você conversa com qualquer um que entende de golfe nos estados Unidos, ele vai te dizer a mesma coisa: Tiger Woods ainda é o melhor do mundo. Em 2 ou 3 anos, vai se recuperar e voltar ao topo. Quanto ao que acontece fora de campo, foi espantoso. Falaram de 300 garotas. Isso é um número de Led Zeppelin, não de golfista.


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