Apesar de ser inglesa, Katherine Thomas cresceu nos Estados Unidos, onde estudou música erudita na renomada Julliard School, em Nova York.
Violinista virtuose, ganhou popularidade quando começou a transportar para a guitarra os clássicos da música erudita que tocava no violino. Roupas de couro, chamas, labaredas e sangue falso são alguns dos itens que compõem o figurino de Great Kat. Apesar da extravagância, a guitarrista impressiona pela domínio de técnicas de velocidade. A seguir, a rainha da "fritação conta os segredos de suas habilidades".
Como começou a estudar guitarra?
Formei-me com méritos na Julliard School e comecei a tocar como solista de violino clássico no Carnegie Recital Hall, após ganhar o concurso Artists International Competition. Depois de algum tempo, dei-me conta de que a música erudita estava morta e precisava ser ressuscitada imediatamente. Para isso, procurei todas as formas de música popular e encontrei o speed metal. Aprendi guitarra transcrevendo as técnicas e solos de violino, como o Violin Concerto, de Beethoven, 24 Caprises, de Paganini e Zigeunerwisen, de Sarasate. Acabei desenvolvendo um estilo rápido, furioso e virtuoso.
Quais são suas maiores influências?
Jimi Hendrix, por tudo que ele fez pela guitarra; Beethoven, pela força e energia e genialidade; Paganini pelo violino e técnica; Wagner, por ser brutal, louco e pesado; Bach, por ser matemático; e Mozart, pela velocidade e brilhantismo.
Como desenvolve seus solos?
Todos são baseados nas técnicas de composição da música erudita. Edito, arranjo e recomponho, nota por nota, as obras-primas de compositores com Bach, Wagner, Vivaldi, Paganini, Beethoven, entre outros. Rearranjo essas composições para a guitarra virtuose.
O que é mais marcante em seu estilo?
Minha técnica é baseada em motivos eruditos, frases velozes, escalas e solos. Algums das técnicas de guitarra e violino que uso são arpejos, escalas, salto de cordas, sweep, ligados, trinado, palhetadas radicais, frases rápidas, double-stops, staccato, vibrato e portamento, tudo isso em diferentes velocidades.
Como funciona seu trabalho no estúdio e no palco?
Gravo entre quatro e oito canais de guitarra e três de violino para cada música. Nos shows, as músicas ficam um pouco diferentes. Por exemplo, para meu próximo DVD, gravei o famoso solo O Vôo do Besouro (Rimsky-korsakov) com quatro canis de guitarra e três de violino em contraponto, além de orquestra MIDI, bateria e baixo. Ao vivo, terei de simplificar a apenas o solo principal, acompanhado de bateria e baixo.
O que sugere para aperfeiçoar a velocidade?
Pegue um livro de escalas e pratique todas as escala maiores e monores, em todas as casas. Comece devagar e estude até atingir uma velocidade matadora. pode levar algum tempo, mas não desista.
Fonte da entrevista: Guitar Player Agosto de 2007
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