quinta-feira, 24 de março de 2011

Dicas para uma boa limpeza em sua 6 cordas.

Quando se começa a tocar guitarra, naquela gana de aprender mais e mais, geralmente surgem muitas e muitas dúvidas: como executar aquele arpejo, como ganhar mais velocidade, como fazer um tapping ao estilo Van Halen e assim vai. Mas tem uma dúvida legal para aqueles que são mais, digamos, "caprichosos" que é a seguinte: O que usar para dar aquele trato em nossa preciosa guita? Para alguns, pode até parecer frescura, mais faz parte do cuidado que devemos ter para manter a conservação do instrumento.



Cera de veículos? Polidor de móveis? Saiba que, segundo nosso "anjo da guarda" Jaques Molina, alguns produtos como esses podem ser um perigo para a pintura de certos instrumentos. Talvez o produto mais arriscado seja a cera automotiva, pois, além de muito oleosa, pode ser abrasiva em demasia e, na grande maioria dos casos, possui em sua fórmula solventes devastadores para determinados tipos de laca nitrocelulosa, comuns em guitarras vintage. Jaques conta que já viu inúmeros casos de pinturas de Fender e Gibson, especialmento dos anos 70, destruídas após a aplicação de "uma cerinha"... Portanto, cera automotiva, nem pensar!
Com relação a lustra-móveis, o risco é bem menor, mas também existe, apesar de as pinturas mais modernas aceitarem bem esse tipo de produto. Pode ser ultilizado para limpezada escala e demais partes do instrumento. Não deixa resíduos e, em geral, proporciona um brilho seco e com agradável perfume. Convém testá-lo antes em uma pequena região da parte traseira do instrumento.

Na mesma linha de produtos facilmente encontrados em qualquer supermercado do país, há também o tradicional óleo de peroba, que é ainda mais apropriado para utilização em escalas, pois hidrata a madeira naturalmente, mas deve ser aplicado em pequenas quantidades no corpo e outras partes da guitarra, pois é bem oleoso.



Para polimento dos trastes, massa de polir automotiva é ideal, mas esse produto abrasivodeve ser aplicado somente na superfície do traste, tomando o maior cuidado possível para não atingir a escala e impregnar os veios da madeira. Uma dica: aplique antes óleo de peróba ou óleo de limão (mais difícil de ser encontrado) em toda superfície da madeira da escala, assegurando assim que o polidor não penetre nos veios. em casos de emergência, para polimento de trastes, pode ser utilizada paste de dente, mas deve ser do tipo mais tradicional possível, branca, e em quantidades diminutas, para não deixar a guitarra com cheiro de quam acabou de escovar os dentes. O polimento dos trastes deve ser feito com um pedaço de algodão com muito pouco produto abrasivo. gue bastante até que fique bem preto, fruto de remoção de metal oxidado. Use algodão seco para polimento final.

Todos esses produtos citados são bastante genéricos. O melhor mesmo é utilizar produtos específicos para instrumentos, cada vez mais fáceis de serem encontrados em lojas de instrumentos. Existem vários tipos de polidores associados a grandes fábricas de guitarras ou acessórios. Mas todos possuem em comum fórmulas que não atacam pinturas sensensíveis, além de conterem até mesmo substâncias detergentes em suas composições, facilitando a remoção de crostas de gordura e sujeira acumuladas. Jaques aconcelha um pequeno pedaço de algodão para aplicação e uma flanela nova e limpa para retirada do excesso de produto e lustre final. Uma vez feita uma limpeza pesada, basta passar uma flanela limpa de vez em quando. Uma boa hora para uma limpeza completa é na ocasião da troca de cordas, logo após retirar as cordas velhas e, é obvio, antes de colocar as novas. Como diria Motörhead: stay clean!

2 comentários:

  1. vi um video gringo que o cara usa linseed oil que é oleo de linhaça vendido em galoes aqui no brasil poius é muito usado para pintura

    uso limpa vidros cara mister musculo achei genial ele pra limpar e nao deixa residuos!!

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  2. Em guitarras com acabamento em verniz poliuretano (PU), pequenas doses de cera automotiva esporadicamente não afetam a pintura de maneira nenhuma e ainda elimina arranhões superficiais (como você disse, é oleosa e abrasiva, então, deve ser aplicada esporadicamente, em pouca quantidade e apenas em instrumentos com acabamento PU - aquele beeeem brilhoso).
    Ainda sobre o acabamento em poliuretano, as próprias indicações da embalagem do óleo de peroba dizem que o produto não deve ser utilizado nesse tipo de acabamento. De qualquer maneira, esse tipo de acabamento já é naturalmente selado, então a limpeza do "dia-a-dia" deveria ser feita apenas com pano macio e seco e apenas utilizar produtos para desengordurar a guitarra em momentos de limpeza mais profunda -como nas trocas de corda, por exemplo, que no meu caso, sempre são um ritual! Ahahahaha

    Sobre os trastes, o ideal é cobrir a escala com alguma fita crepe - ou qualquer outra que não deixe resíduos - ou com protetores específicos para essa atividade, mas o polimento e limpeza de sempre ser feito com muito cuidado para evitar o desgaste desigual dos trastes e gerar problemas muito maiores do que corrosão natural. Pra limpeza da escala, o ideal é sempre flanela e óleo de peroba - EM ESCALAS ESCURAS SEM REVESTIMENTO. Para as escalas claras, normalmente vêm um revestimento em verniz ou seladora que faz o procedimento de limpeza ser similar ao do resto da guitarra. (Caso não haja revestimento - o que é raro - existem produtos específicos para madeiras claras. Inclusive uma variação do óleo de peroba tradicional)

    Outro lugar que é muito bom de receber um trato de vez em quando é embaixo dos knobs dos potenciometros. Ali, normalmente, tende a acumular poeira, suor, gordura e, em casos de guitarristas menos caprichosos, comida, cerveja e similares. De tempos em tempos, é interessante retirar os knobs - COM MUITO CUIDADO - e passar um pincel ou escova de dentes LIMPA E SECA para remover o excesso de sujeira. Esse procedimento é útil principalmente para aqueles instrumentos com potenciometros que não são blindados, pois o acúmulo de detritos ali pode ocasionar ruído e se tornar impossível de resolver sem a substituição da peça.

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