Altitudes começa com uma base de string em teclado e em seguida Jason vem despejando bends matadores arpejos precisos. A música tem várias mudanças de nuances e timbres. Cada mudança gera aquele frio na espinha pois é possível sentir a emoção de Jason ao executar essa peça. Me pergunto como um guitarrista pode ter a capacidade de criar tanta coisa boa em uma mesma música.
A faixa título do disco Perpetual Burn , vem abusando dos apaixonantes duetos de Becker, em incessantes arpejos. Chega a dar aflição (no bom sentido é claro). Ao ouvir Jason tocando, fico sem saber como me espressar sobre cada peça sua, sem contar que é quase impossível tentar destinguir o que o cara está fazendo em determinadas partes.
A guitarra falante em Mable Fatal Fable prepara nossos ouvidos para uma verdadeira metralhadora de ligados e arpejos. Essa faixa lembra muito uma sinfonia tocada por violinos furiosos, mas com a bateria martelando pra valer na "cozinha". Jason da uma verdadeira aula de como criar sons loucos e bizarros com ajuda de uma alavanca.
A mais melódica do disco é com certeza a belíssima AIR. Trazendo guitarras em contra-ponto e dueto sem a presença de bateria e baixo, essa faixa encanta e emociona, mostrando que Jason não era apenas um fritador maluco, mas um incrível compositor de obras que se tornaram eternas.
A próxima faixa é Temple of Absurd, que traz frases incendiária de duas guitarras e uma batera devastadora. O timbre é muito interessante, pois mostra que Jason fez escola nesse quesito. Ouvindo algumas músicas de Kiko Loureiro dá pra se lembrar do timbre usado por Becker nessa faixa. O final traz um arranjo ao melhor estilo neo-clássico com um bend de arrepiar no fim.
O início barulhento e pesado anuncia Eleven Blue Egyptians e traz uma base pesada onde Jason manda ver nos ligados com licks rápidos e certeiros. Quando a nuance da música parte para um lado mais "calmo" Becker mostra suas frases bluseiras raivosas, onde a classe e o felling de Jason podem ser apreciados por terraqueos como nós.
Dweeler In The Cellar vem para fechar o disco como a faixa mais "bagunçada" em termos de técnica. Uma levada de chimbal e aro de batera fazem a cama para as frases tranquilas de Jason. Quando ouvimos um harmônico com um mergulho radical de alavanca a base muda completamente, trazendo mais peso e uma cor meio cinzenta ao som. Os sons bizarros e amedrontantes dessa faixa poderiam facilmente integrar a trilha de um fime de terror. Mais um mergulho e entramos em minha parte preferida do cd. Pedal duplo de batera, bends, arpejose timbres robotizados fazem uma mistura sensacional.
Perpetual Burn de Jason Becker é com certeza uma obra de arte da música instrumental. Sinto pelo atual estado de Jason, pois ouvindo essa peça posso imaginar o quão Jason ainda poderia ter evoluído no instrumento, pois como compositor é possível ouvir suas peças até hoje.
Salve Jason Becker!!!
Acabei de tomar conhecimento do blog. Jason Becker é fenomenal, e Perpetual Burn, seu auge, sem dúvida nenhuma.
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