terça-feira, 8 de março de 2011

Teste - Gretsch White Falcon

Sábado tem festa dos anos 60, anos 60 me faz lembrar das clássicas semi-acústicas, e semi-acusticas nos anos 60 com certeza me remetem as guitarras Gretsch.
Em uma Guitar Player de 7 anos atrás, encontrei um teste de uma White Falcon que havia visto e testado na Expomusic de 2006, e que com prazer vou posta-lo hoje no ATG.

Fundada em 1883 pelo jovem imigrante alemão de 27 anos Friedrich Gretsch, a Gretsch evoluiu bastante desde então, passando de fabricante de banjos e tamborins para criadora de uma das guitarras elétricas mais estilosas da década de 50. A empresa tem deixado a marca de seus timbres na música pop desde aquela época, graças a músicos como Cher Atckins, Eddie Cochran, Gene Vicent, Cliff Gallup e George Harrison, sem contar o maluco Brian Setzer, que estourou como o rockabilly na década de 80. Apesar de seu visual magnifico e som definitivo, as guitarras Gretsch nunca alcançaram a popularidade das Fender e Gibson, consequência das estratégicas de marketing e distribuição fracas da empresa.

A questão é que a Fender mudou essa situação. Após uma negociação em 2002, a empresa adquiriu os direitos da fabricação e distribuição dos instrumentos da Gretsch, o que fez com que hoje nós conseguimos ver estas belezas em muito mais lojas.

A White Falcon foi lançada em 1955, rivalizava com outros modelos clássicos da época. E seu relançamento é mais uma das maravilhas cosméticas, já que ela conta com todos os elementos principais disponíveis apenas nos "modelos de transição" produzidos entra 1957 e 1958 (embora existam dúvidas se realmente foram produzidas assim).

Podemos incluir nesse caso o logotipo vertical no headstock (que ficou horizontal em 1958), os detalhes dourados do escudo, os captadores Filter Tron (não disponíveisdesenvolvidos por Ray Butts, que inventou também o eco de fita e os Amps Echo Sonic, usados por Chet Atkins e Scotty Moore (guitarrista do Rei Elvis) - esse pickups são muito bonitos (com sua capa arredondada cromada, topo plano, parafuso Fillister de ajustes dos polos e incrustações curvadas esculpidas na extremidades). A ponte e a parte elétrica tambémmm mudaram no decorrer dos anos - a guitarra ganhou um segundo cutaway em 1962 -, mais qualquer um que adquirir a edição de relançamento pode ficar tranquilo, pois todos os elementoessenciais dedee White Falcon estão presentes.

Com o seu corpo de 17" de comprimento e 2 ³/4" de espessura, a White Falcon é uma guitarra de grandes dimensões. Ela é uma guitarra de grandes dimensões. Ela é muito bem construída, com junções precisas, incrustações cortadas e fixadas sem irregularidades e muitas peças banhadas a ouro 24 quilates. Os elementos básicos não apresentam falhas, desde seu acabamento branco impecável, passando pelos trastes bem instalados e ferragens consistentes. A escala do braço e o ajuste da guitarra são parecidos com os da Jet Firebird, embora a White Falcon ofereça uma tocabilidade mais difícil, devido a sua escala de comprimento um pouco maior.

Apimentada

Se você acha que a White Falcon soa mais como uma guitarra de jazz, saiba que ela também é boa para rock. Este modelo tem um som coeso, com agudos brilhantes, médios fortes e graves poderosos. A sua construçãoo de maple contribui para aumentar a resposta de ataque da guitarra e, quando pluguei-a em uma reedição do Fender Bassman, a White soou impiedosa. Equipada com um sistema de alavanca Bigsby B6GB com ponte Space Control que funciona bem para country ou hard rock, esta guitarra fez jus ao seu nome ("falcão branco"), possui também dois canais independentes White Falcon, tarraxas Grover Imperial, 22 trastes e pesa aproximadamente 3,77kg.Agora você sabe porque Billy Duffy, do The Cult, e Neil Young tocaram muitos de seus solos esganiçados em uma WF vintage.


Olha o James com a falcon

A WF tem duas chaves (uma para seleção de captadores e outra para tonalidade) e três controle de volume. Ajustando a chave na posição superior, você obterá melhores timbres distorcidos do pickup da ponte. A perda de ataque quando você diminui o volume foi o único ponto negativo. Com volume máximo e plugada em um Amp com overdrive moderado, a WF rugiu como a maior das feras. Esta é uma grande guitarra, com cerca de 50 anos de idade e merece "Honras ao Mérito".




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